Por Jeff Mason e David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo que vai adiar o aumento das tarifas norte-americanas sobre produtos chineses graças a negociações comerciais "produtivas", dizendo que ele e o presidente da China, Xi Jinping, vão se encontrar para selar um acordo se o progresso continuar.
O anúncio foi o sinal mais claro de que a China e os EUA estão se aproximando de um acordo para acabar com meses de guerra comercial que desacelerou o crescimento global e afetou os mercados.
Trump planejava elevar de 10 para 25 por cento as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em importações chinesas para os EUA se um acordo entre as duas maiores economias do mundo não fosse alcançado até sexta-feira.
Após uma semana de negociações que entrou pelo fim de semana, Trump disse que essas tarifas não vão subir por enquanto. Em uma publicação no Twitter, ele afirmou que houve progresso em áreas problemáticas como proteção à propriedade intelectual, transferência de tecnologia, agricultura, serviços e câmbio.
Como resultado, ele afirmou: "Vou adiar o aumento dos EUA das tarifas marcado agora para 1 de março. Assumindo que ambos os lados façam progresso adicional, vamos planejar um encontro para o presidente Xi e eu, em Mar-a-Lago, para concluir um acordo. Um ótimo fim de semana para os EUA & a China!"
Mar-a-Lago é a propriedade do presidente na Flórida, onde ambos os presidentes já se encontraram antes.
O presidente não determinou um novo prazo para as negociações serem concluídas, mas disse a governadores estatais dos EUA reunidos na Casa Branca que poderia haver "grandes notícias ao longo da próxima semana ou duas" se tudo correr bem nas negociações.
A Casa Branca não deu detalhes específicos sobre o tipo de progresso que foi feito.
O principal diplomata do governo chinês, o conselheiro de Estado Wang Yi, afirmou a um fórum em Pequim nesta segunda-feira que as negociações tiveram "progresso substantivo", dando expectativas positivas para a estabilidade dos laços bilaterais e desenvolvimento econômico global, disse o Ministério das Relações Exteriores da China.
(Reportagem adicional de Rajesh Kumar Singh, Sarah N. Lynch e Howard Schneider em Washington; Josh Horwitz em Xangai; e Michael Martina e Ben Blanchard em Pequim)