Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
Por Bart H. Meijer
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia ainda pretende chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos até 9 de julho depois que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos EUA, Donald Trump, tiveram uma "boa conversa", disse um porta-voz da Comissão nesta segunda-feira.
No entanto, não ficou imediatamente claro se houve avanço significativo nas negociações para evitar a imposição de aumentos tarifários abrangentes ao maior parceiro comercial dos Estados Unidos.
O prazo para que países de todo o mundo fechem acordos com os EUA está se esgotando depois que Trump desencadeou uma guerra comercial global que abalou os mercados financeiros e fez com que as autoridades se esforçassem para proteger suas economias.
TRUMP FALA EM PROGRESSO
Mantendo grande parte do mundo em dúvida, Trump disse no domingo que os EUA estavam perto de finalizar vários pactos comerciais nos próximos dias e que notificará outros países até 9 de julho sobre as tarifas mais altas. Ele disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de agosto, uma prorrogação de três semanas.
Ele também colocou os membros do Brics na mira enquanto seus líderes estão reunidos no Brasil, ameaçando com uma tarifa adicional de 10% sobre qualquer país que se alinhe às políticas "antiamericanas" do grupo.
O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos recém-ingressos Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos.
A UE está dividida entre pressionar por um acordo comercial rápido e leve ou defender sua própria influência econômica na tentativa de negociar um resultado melhor. Ela já havia perdido as esperanças de um acordo comercial abrangente antes do prazo final de julho.
"Queremos chegar a um acordo com os EUA. Queremos evitar tarifas", disse o porta-voz a repórteres em uma reunião diária. "Queremos alcançar resultados em que todos saiam ganhando, e não em que todos saiam perdendo."
EM ACORDOS COMERCIAIS, "TEMPO É DINHEIRO"
Sem um acordo preliminar, as tarifas amplas dos EUA sobre a maioria das importações aumentariam dos atuais 10% para as taxas estabelecidas por Trump em 2 de abril. No caso da UE, isso seria de 20%.
Von der Leyen também manteve conversas com os líderes da Alemanha, França e Itália no fim de semana, informou a Alemanha. O chanceler alemão, Friedrich Merz, enfatizou várias vezes a necessidade de um acordo rápido para proteger os setores vulneráveis às tarifas, que vão de automóveis a produtos farmacêuticos.
"Tempo é dinheiro no sentido mais verdadeiro da palavra", disse o porta-voz alemão a repórteres em Berlim.
"Nesse sentido, deveríamos nos dar mais 24 ou 48 horas para chegar a uma decisão."
A Rússia disse que o Brics nunca tentou prejudicar outros países.
"É muito importante observar aqui que a singularidade de um grupo como o Brics é que se trata de um grupo de países que compartilham abordagens comuns e uma visão de mundo comum sobre como cooperar, com base em seus próprios interesses", disse o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov.
"E essa cooperação dentro do Brics nunca foi e nunca será direcionada contra terceiros países."
(Reportagem de Bart H. Meijer, Friederike Heine, Dmitry Antonov)