NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto fecharam em alta nesta quarta-feira na ICE, estendendo recuperação da mínima de cinco meses e meio registrada segunda-feira, em meio a um avanço nos preços do petróleo.
O café arábica também subiu, atingindo pico de um mês.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para março fechou em alta de 0,23 centavo de dólar, ou 1,3%, a 18,34 centavos de dólar por libra-peso.
* "Os preços do Brent se recuperaram para níveis pré-Ômicron e isso pode elevar os preços do etanol", disse o Rabobank em nota.
* Os altos preços do etanol podem levar as usinas de cana-de-açúcar do Brasil, maior produtor, a desviar a produção do açúcar para o etanol, um biocombustível à base de cana.
* A consultoria HedgePoint Markets disse na quarta-feira que espera que as usinas no Brasil aumentem a produção de etanol no início da nova temporada em abril.
* A Unica divulgou produção zero de açúcar no final de dezembro e disse que um início precoce da temporada é improvável.
* Operadores disseram que uma recuperação do preço do açúcar talvez seja inevitável após as mínimas recentes, mas observaram que a queda de preço não revelou muitas novas compras físicas.
* O açúcar branco para março subiu 13,50 dólares, ou 2,8%, a 503,30 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O café arábica para março avançou 3,8 centavos de dólar, ou 1,6%, a 2,4085 dólares por libra-peso, tendo tocado o pico de um mês de 2,4490 dólares.
* Operadores disseram que menos exportações e os estoques mais baixos nos portos de destino continuam a destacar a escassez de oferta no mercado de café.
* Os estoques de café arábica certificado na ICE caíram quase 27 mil sacas na quarta-feira para 1,43 milhão de sacas, a mínima desde o final de 2020.
* O banco de investimentos Itaú BBA disse nesta quarta-feira que as chuvas foram positivas para os cafezais brasileiros, apesar de alguns problemas. Acrescentando que a umidade extra favorecerá o desenvolvimento do grão para a safra deste ano e melhorará as perspectivas para a produção de 2023.
* O café robusta para março subiu 14 dólares, ou 0,6%, a 2.282 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)