BUENOS AIRES (Reuters) - O governo argentino determinou nesta quarta-feira aumentos no salário mínimo mensal para os próximos dois meses, fixando-o em 180.000 pesos (cerca de 215 dólares) em fevereiro e 202.800 pesos (242,2 dólares) em março, segundo informações oficiais.
A medida se deu através de decreto presidencial depois que trabalhadores e empregadores não conseguiram chegar a um acordo, informou o diário oficial do país.
Em janeiro, o salário mínimo era de 156.000 pesos.
A inflação na terceira maior economia da América Latina, que fechou 2023 em 211,4% na base anual, registrou um aumento de 20,6% em janeiro e para fevereiro a expectativa é de que mostre uma tendência de queda.
O governo do ultraliberal Javier Milei prevê uma queda gradual da inflação nos próximos meses devido a uma demanda geral menor por causa da perda do poder de compra da população, embora a pobreza possa aumentar.
Um relatório do Observatório da Dívida Social Argentina, da Universidade Católica Argentina (UCA), revelou que a pobreza no país aumentou para 57,4% da população em janeiro, o nível mais alto em pelo menos 20 anos.
O aumento do salário mínimo também se refletirá nas aposentadorias, pensões e subsídios sociais.
(Reportagem de Walter Bianchi)