A Argentina começou as negociações para obter um empréstimo de US$ 11 bilhões junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional). O montante deve ser destinado ao reforço das reservas do país e também à eliminação das restrições cambiais.
O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, chegou a Buenos Aires na 4ª feira (22.jan.2025) para encontros com representantes do FMI. Ele estava em Washington, nos Estados Unidos, onde acompanhou a posse do presidente Donald Trump (Partido Republicano) junto de Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), presidente argentino.
Caputo seguiria com Milei para Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial. O ministro, porém, regressou a Buenos Aires para acompanhar uma missão técnica do FMI, que visita o país. A comitiva reuniu-se também com integrantes do Banco Central argentino.
“Já em Buenos Aires. Excelente viagem a Washington. Não pude acompanhar o presidente em Davos, porque serão 3 dias de muito trabalho entre a missão do fundo, a licitação por adesão que anunciamos ontem [3ª feira (21.jan)] e medidas que estamos terminando de projetar na Secretaria do Comércio”, publicou Caputo, no X (ex-Twitter).
Em Washington, Milei se reuniu com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva. Segundo o Clarín, Georgieva elogiou a queda da inflação, o crescimento econômico e o apoio da população ao plano de recuperação econômica.
A Argentina alcançou um superavit financeiro de 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, marcando o 1º saldo positivo em 14 anos. O resultado, divulgado pelo Ministério da Economia, representa o melhor desempenho fiscal da nação sul-americana em 16 anos.
O superavit foi obtido mantendo a dívida flutuante em níveis similares aos do final de 2023, o que indica uma redução real de 52%. De acordo com o ministério, a dissolução de 19 fundos fiduciários e o saneamento das empresas públicas também foram cruciais para a eficiência no uso dos recursos públicos. Caputo atribuiu o resultado à gestão de Milei.
“É o resultado da liderança extraordinária do nosso presidente Milei somado a um programa de estabilização que surpreendeu o mundo, e a um trabalho em equipe de todos os ministros e secretários deste governo, que compreenderam a importância da austeridade fiscal como principal ferramenta para recuperar a estabilidade macroeconômica e a paz social”, afirmou.