Brasileiros esgotam passagens para Réveillon nos EUA; preços disparam

Publicado 23.09.2021, 18:14
Atualizado 24.09.2021, 07:32
© Reuters.  Brasileiros esgotam passagens para Réveillon nos EUA; preços disparam

Os brasileiros vacinados estão eufóricos com a possibilidade de viajar para os Estados Unidos a partir de novembro. Desde o anúncio da Casa Branca, no início da semana, a procura por passagens para diversas cidades americanas disparou. Alguns bilhetes para viagens no período do Natal e do Réveillon já esgotaram. Os preços também foram para as alturas.

  • A Flórida é o estado mais procurado pelos brasileiros, com três cidades (Fort Lauderdale, Orlando e Miami) entre as mais pesquisadas, seguido da Califórnia, com dois destinos (San Francisco e Los Angeles). Newark (+353%), Fort Lauderdale (+341%), Orlando (+281%), Chicago (+273%) e Miami (+247%) registraram o maior crescimento de buscas por passagens, informou o Kayak.
  • A Latam (SN:LTM) viu um crescimento de 350% na procura por voos do Brasil para os EUA nas primeiras 24h após a notícia de reabertura das fronteiras. A companhia opera três voos semanais na rota Guarulhos-Nova York e outros três voos semanais na rota Guarulhos-Miami e já estuda ampliar os voos já existentes e retomar destinos como as cidades de Orlando e Boston.
  • Na Gol (SA:GOLL4), a passagem de ida e volta São Paulo-Miami, com escala no Rio, era a mais barata (R$ 3.703,77) até o dia do anúncio, mas o site da companhia informa que não há mais bilhete disponível para 24 de dezembro a 3 de janeiro, datas que permitiam esse preço. Para outros dias, há passagens com preços superior a R$ 5.000. A companhia fechou, neste mês, novo acordo de compartilhamento de voos com a American Airlines (NASDAQ:AAL) (SA:AALL34).
  • A Smiles, gestora de programas de fidelidade, captou um aumento de demanda após a notícia. “Chegamos a um pico de 200% de aumento de vendas de voos para os EUA em dezembro de 2021 versus vendas da semana anterior para o mesmo destino e período”, informou a companhia à Bloomberg Línea.

A entrada nos EUA é mediante a apresentação do comprovante de vacinação, junto de um teste negativo realizado três dias antes da viagem. As vacinas aceitas ainda não foram definidas, porém, os EUA já autorizam o uso das marcas Pfizer/BioNTech, Moderna (NASDAQ:MRNA) e Johnson & Johnson (Janssen), observou a operadora travelWorld, contabilizando mais de 100 países que permitem a entrada dos brasileiros.

Em entrevista à Bloomberg Línea, Roberto Nedelciu, da Raidho Viagens, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), confirma a tendência de aumento dos preços das passagens e de escassez dos pacotes.

“Sem dúvida, as companhias aéreas acabam aumentando o preço, porque todo mundo sofreu com essa pandemia, principalmente as aéreas também, porque o custo de deixar o avião no chão é uma absurdo. É natural. É a lei da oferta e da procura. Quando aumenta a procura, o preço começa a aumentar também. Quem quer viajar é melhor começar a olhar os pacotes porque estão ficando escassos”, afirmou.

Ele lembra que, antes do fim das restrições, os brasileiros que viajavam para os EUA usavam o atalho de passar 15 dias ou no México ou no Caribe cumprindo uma espécie de quarentena antes de entrar no território americano. “Isso encarecia bem o pacote para ir para os EUA”.

Presidente da Abav, Magda Nassar, fala sobre a tendência do "revenge travel" (turismo da desforra), viagens após o período de isolamento social e restrições. Os EUA representam o segundo maior mercado internacional para as agências de viagens brasileiras, depois da Argentina, que também anunciou a reabertura das fronteiras a partir de outubro.

“Os americanos ficaram mais felizes do que a gente, porque os brasileiros gastam bastante em gastronomia, em compras, em atrações, ficam mais do que sete noites”, disse a presidente da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagens), Magda Nassar.

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