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Charge da semana: abram alas para a inteligência artificial gerativa

Publicado 02.03.2023, 23:22
Atualizado 03.03.2023, 13:15
© Investing.com

Por Geoffrey Smith

Investing.com – “A sinceridade”, disse certa vez o comediante americano Groucho Marx, “é o segredo do sucesso. Basta conseguir fingi-la para conquistar o que deseja”.

Os chatbots baseados em inteligência artificial gerativa, evidentemente, não podem ser sinceros. No entanto, são muito bons em fingir autenticidade e tendem a ficar cada vez melhores nisso. De acordo com a doutrina marxista (do tipo de Groucho), é possível dizer que os desenvolvedores e controladores dessa nova geração de ferramentas têm em mãos algo de sucesso garantido.

Os negócios envolvendo o aprendizado de máquina já estavam indo muito bem. Mas a estreia espetacular do ChatGPT, ferramenta de IA gerativa desenvolvida pela OpenAI com o apoio financeiro da Microsoft, tem tudo para ser um daqueles eventos que vão marcar a história da internet.

Assim como ocorreu com o iPhone e os serviços na nuvem em seus respectivos inícios, é difícil não se impressionar com a enormidade do potencial da IA gerativa.  Com certeza o ex-secretário do Tesouro americano, Lawrence Summers, não agrada a todos, mas é preciso reconhecer que ele não usa à toa frases como: “[essa é] a tecnologia de uso geral mais importante desde a invenção da roda ou do fogo”.

A consultoria IDC estima que o mercado global de IA – do qual a tecnologia gerativa é apenas uma parte – alcançará cerca de US$ 326 bilhões até 2025, à medida que as novas ferramentas ampliam radicalmente o uso do aprendizado de máquina.

Mas adivinhar onde e como esse dinheiro é gerado já é outra história. O Dia da Inteligência Artificial da Microsoft, realizado recentemente, teve como foco a incorporação dos recursos do ChatGPT em seu mecanismo de busca Bing e no navegador Edge, duas ferramentas que oferecem acesso ao ilimitado mundo da internet para milhões de pessoas.  

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Essas são áreas em que a Microsoft (NASDAQ:MSFT) está claramente atrás do Google (NASDAQ:MSFT), que tem um mecanismo de busca dominante e o navegador Chrome simples de usar. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que cada 1% a mais de ganho de mercado nas buscas globais adicionaria bilhões à receita da gigante da tecnologia sediada em Redmond.  

No entanto, analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) avaliam que as grandes oportunidades criadas pela IA para a Microsoft estarão em outras áreas: na expansão dos negócios de hospedagem na nuvem do Azure e na melhoria das ferramentas profissionais do pacote Office, em que o ChatGPT pode atuar como uma reinvenção turbinada do malfadado clipe de papel usado no passado.

Há razão para o Google ficar com medo? Será que o ChatGPT acabará com o Google, como alguns pensam? A resposta provavelmente é “não: não só a força do hábito de bilhões de usuários atua a favor do Google, mas a perda de um pouco de mercado para a concorrência pode ser o que a empresa precisava para persuadir as autoridades de que não é um negócio monopolista e não precisa ser alvo de investigações antitruste.

Ainda não se sabe onde e como as pessoas vão usar a tecnologia. Se você fica consternado com a forma como o PowerPoint, por exemplo, impôs um conformismo de estilo a todo tipo de apresentação, desde os resultados trimestrais da Raytheon (NYSE:RTN) até o trabalho de um aluno de quinta série sobre o rei Henrique VII, é pouco provável que você espere muito da IA gerativa. Se, no entanto, seus desejos se limitam a uma atualização do comando de voz “sushi perto de mim”, provavelmente ficará mais satisfeito.

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De qualquer forma, as possibilidades de uso da tecnologia claramente são o tipo de serviço pelo qual as pessoas – e os anunciantes – estão dispostos a pagar. Como ocorre com todos os avanços tecnológicos, não será nem bom nem ruim em si mesmo, mas será usado para o bem e para o mal por pessoas cuja capacidade moral não vai mudar.

Uma coisa de que todos nós podemos ter absoluta certeza é que o Vale do Silício – auxiliado e estimulado por um público sempre deslumbrando por novidades – desenvolverá os recursos do aprendizado de máquina a uma velocidade alucinante, em segredo e com fins lucrativos. Ele fará questão de ignorar os riscos inerentes da tecnologia, até que seus efeitos colaterais destrutivos fiquem óbvios demais para serem ignorados ou arraigados demais para serem erradicados.

Ao mesmo tempo, as empresas que estão na vanguarda da IA gastarão bilhões de dólares para influenciar a mídia, os políticos e a sociedade, fazendo com que minimizem ou desviem a atenção em relação às deficiências e aos perigos da tecnologia; e quando não houver para onde escapar, vão mentir descaradamente para proteger seus interesses e maximizar seus retornos.

A concorrência, a busca do lucro e a natureza humana não permitirão que isso ocorra de outra maneira.  Quem pensar de outra forma, basta olhar os vários exemplos ao longo dos anos, como a campanha das grandes empresas de cigarro para esconder os riscos do tabagismo, a supressão e o descrédito das evidências da mudança climática pelas grandes petrolíferas, a recusa da atual geração de gigantes da mídia social em assumir a responsabilidade pelo mal causado por suas redes, e assim por diante.

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Não é nenhum consolo pensar que, entre os nomes por trás do grande impulso da IA, está uma empresa que vendia anúncios contra vídeos de decapitação não faz muito tempo, enquanto outra estava profundamente envolvida em esforços para perverter as eleições em mais de um país. Mas a conclusão é que essas falhas de governança não tiveram qualquer impacto material nos retornos que elas geraram para seus investidores. Para o bem ou para o mal, com a IA gerativa não deve ser muito diferente.

Últimos comentários

Máquinas só funcionam se tiverem disponível ENERGIA.
Definitivamente é um caminhar sem volta.E será bom, otimismo gente!!!
O ser humano tem necessidades que precisam ser supridas. Houve um grande ganho de produtividade quando se evoluiu da linguagem de máquina para a linguagem de alto nível. Agora estamos evoluindo da linguagem de alto nível para a da inteligência artificial. Esta é a mais próxima da natureza humana e quando, se simplifica tarefas, aumenta-se a sua aderência, pois um ser humano só ama aquilo que ele consegue dominar, ou seja, o que lhe é simples. Assim, poderemos comandar as máquinas, os computadores apenas usando a nossa linguagem cotidiana.
O que Sarah Connor diria sobre isso?
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