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Deslizamentos de terra bloqueiam acessos de cargas a Paranaguá

Publicado 29.11.2022, 13:15
© Reuters. Visão aérea do Porto de Paranaguá. Picture taken with a drone. REUTERS/Rodolfo Buhrer
RAIL3
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SÃO PAULO (Reuters) -Deslizamentos de terra bloquearam na última noite acessos ao Porto de Paranaguá, com impacto na chegada de mercadorias como grãos, disse a administração portuária nesta terça-feira.

Apesar dos bloqueios rodoviários, as operações portuárias seguem normalmente, e o reflexo das interdições está na recepção da carga pelas vias de acesso, disse a Diretoria de Operações do porto, em nota.

O porto disse que espera contar com estoques para operar no período de menor fluxo de cargas chegando.

Para todos os segmentos de carga operados pelos portos paranaenses a capacidade de armazenagem "está normal".

Somente o complexo de Paranaguá possui uma capacidade de armazenamento de aproximadamente 2 milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação, e há cerca de 1 milhão de toneladas em estoques.

Em outubro, os portos do complexo de Paranaguá e Antonina movimentaram cerca de 5 milhões de toneladas, sendo pouco mais de 3 milhões de toneladas na exportação.

Segundo o porto, novas quedas de barreira na BR-277, principal via de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina, provocaram a interdição total da pista no sentido litoral.

"O bloqueio está no KM 60, na altura da praça de pedágio, em São José dos Pinhais. Ainda sem previsão de liberação", disse o comunicado.

Além do KM42, que já estava interditado por deslizamentos de pedras desde outubro, novos desmoronamentos ocorreram nos quilômetros 40 e 41.

A Polícia Rodoviária Federal tem orientado retorno no sentido Curitiba. Na subida, sentido a capital paranaense, o fluxo segue em apenas uma faixa.

Conforme o porto, a Rumo (BVMF:RAIL3) --empresa que administra a ferrovia que liga Curitiba a Paranaguá-- informou que há interdição também da via ferroviária na altura da Serra do Mar, devido a quedas de barreiras e alagamento dos trilhos.

"A empresa aguarda o nível de água baixar, para liberar a via", acrescentou a nota.

A reguladora ANTT afirmou, em nota, que monitora a situação nas rodovias e ferrovias, destacando que o caso mais grave até o momento é na BR-376/PR, administrada pela concessionária Arteris (BVMF:ARTR3) Litoral Sul, com bloqueios entre os municípios de Tijucas do Sul-PR, Guaratuba-PR e Garuva-SC.

© Reuters. Visão aérea do Porto de Paranaguá. Picture taken with a drone. REUTERS/Rodolfo Buhrer

Segundo a central de atendimento da concessionária, a rota alternativa a esse trecho é Navegantes-Rio do Sul-Santa Cecília-Papanduva-Rio Negro-Tatuquara, seguindo pelas BR-470 e BR-116. A mesma rota, que resultaria em trajeto de mais de 500 quilômetros, é sugerida para o caminho inverso, do Paraná para Santa Catarina.

Tanto a ANTT quanto a Arteris Litoral Sul informaram que não há previsão para a liberação das vias.

(Por Ana Mano e Rafaella Barros; com reportagem adicional de Roberto Samora)

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