Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 5 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Ações pegam a onda de esperanças de corte de taxa
As ações globais subiram na quarta-feira, pegando a onda de alívio depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugeriu que o Fed pode afrouxar a política para dar apoio à economia.
Powell prometeu fazer o que era “apropriado” em resposta a qualquer impacto relacionado ao comércio na economia. Os investidores interpretaram o comentário como uma abertura para avaliar os cortes, uma mudança dovish do compromisso de "paciência" em relação às mudanças políticas.
O Dow subiu mais de 500 pontos na terça-feira, sua segunda melhor sessão do ano e os os futuros dos EUA apontaram para uma continuação do rali na quarta-feira. Os futuros do Dow ganhavam 159 pontos, ou 0,7%, às 8h09, os futuros do S&P 500 subiam 16 pontos, ou 0,6%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 56 pontos, ou 0,8%.
Os investidores terão mais informações do Fed na quarta-feira. O vice-presidente Richard Clarida abrirá o segundo dia de uma conferência do Fed de Chicago, antes de várias aparições de outros políticos.
Enquanto isso, ações asiáticas estavam em sua maioria mais altas, seguindo Wall Street, com o Nikkei 225 do Japão terminando 1,8% mais alto. O Shanghai Composite da China, no entanto, permaneceu pressionado por preocupações de crescimento em meio às atuais tensões comerciais com os EUA e fechou em leve baixa.
As bolsas europeias também avançaram.
2. Preocupações com o crescimento permanecem no centro das atenções
O Fundo Monetário Internacional cortou sua previsão de crescimento chinês para 6,2%. A decisão, que vem apenas dois meses, elevou sua previsão para 6,3%, foi baseada na crescente incerteza em torno da disputa comercial com os EUA. Isso vem na esteira do Banco Mundial na terça-feira, rebaixando sua previsão de crescimento global para 2019 para apenas 2,6% de uma estimativa de 2,9% em janeiro. O Banco Mundial também reduziu sua previsão para 2020 de 2,6% para 2,6%.
O FMI divulgará sua revisão anual da economia americana na quinta-feira.
O crescimento econômico da Austrália atingiu uma baixa no último trimestre, segundo dados divulgados na quarta-feira, sob pressão de um fraco mercado imobiliário e redução da demanda chinesa por commodities. Isso fez com que o banco central reduzisse sua taxa de referência para uma baixa recorde na terça-feira.
3. PMI de serviços dos EUA do ISM na mínima de 2 anos
Com as preocupações de crescimento global no radar dos mercados, o foco de quarta-feira no calendário econômico americano será a leitura do Instituto de Gerenciamento de Fornecimento (ISM) da atividade do setor de serviços para maio às 11h0. Espera-se que o PMI não-industrial da ISM permaneça inalterado em 55,5 de abril, sua leitura mais baixa desde agosto de 2017.
Embora a leitura ainda permaneça acima de 50, a linha divisória entre expansão e contração, os analistas veem a queda de uma alta de 13 meses em setembro passado como um sinal de um momento econômico mais fraco.
Durante a noite, as leituras de China e Australia sobre a atividade do setor de serviços foram mais fracas do que o esperado, embora o PMI de serviços da zona do Euro tenha superado expectativas.
4. O petróleo afunda no bear market com os estoques americanos em destaque.
Os preços do petróleo caíram ainda mais em território de baixa no mercado na quarta-feira após uma surpresa nos estoques de petróleo bruto dos EUA.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), revelou no final da terça-feira que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram um acréscimo de 3,5 milhões de barris. Os investidores aguardam os dados oficiais do governo às 11h30 com previsão de um consumo de 0,8 milhão de barris.
Os futuros de petróleo bruto perderam 62 centavos, ou 1,2%, para US$ 52,86 às 7h40, enquanto o petróleo Brent caía 58 centavos, ou 0,9%, para US$ 61,39.
O petróleo bruto acumulou perdas de mais de 20% das altas de abril na terça-feira, a definição de um mercado de baixa, já que as preocupações sobre uma potencial recessão global aumentaram os temores de um impacto negativo na demanda por petróleo.
5. Empresas se preparam em meio a disputa no comércio com a China
A Skyworks Solutions (NASDAQ:SWKS) tornou-se a mais recente fabricante de chips a sofrer com as crescentes tensões entre Washington e Pequim. Vários empresas de tecnologia sofreram com a decisão americana de colocar a Huawei na lista negra.
A Skyworks reduziu sua previsão trimestral após o fechamento do mercado nesta terça-feira, devido ao fato de que não poderia mais enviar produtos para a Huawei.
Por outro lado, os importadores chineses estão sendo segundo informações lutando para solicitar isenções de tarifas para produtos americanos importados. O Ministério das Finanças da China abriu o período de solicitação e indicou que algumas dispensas poderiam ser concedidas para produtos como carne bovina, suína, soja ou carvão.
Os movimentos por parte das empresas vêm no momento em que a China prepara planos para cortar a exportação de terras raras. O Departamento de Comércio prometeu tomar uma "ação sem precedentes" para garantir que as empresas americanas não fiquem sem fornecimento, já que a mídia estatal chinesa aclama a ameaça de Pequim como uma poderosa arma econômica.