Por Geoffrey Smith
Investing.com - Oracle vence a corrida pelas operações da TikTok nos EUA. Nvidia gasta US$ 40 bilhões para comprar ARM do Softbank, enquanto Gilead aposta US$ 21 bilhões em um medicamento experimental contra o câncer.
As ações devem abrir em alta com mais garantias sobre a vacina Covid-19, mas o petróleo caiu porque a BP alertou sobre um pico precoce para a demanda global de petróleo.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na segunda-feira, 14 de setembro.
1. Oracle vence a corrida pelo TikTok
A Oracle (NYSE:ORCL) assumiu a liderança na corrida para ser a salvadora das operações norte-americanas da rede social de vídeo da TikTok, mas ainda não está claro se o negócio será aceitável para os reguladores na China e nos EUA.
O Wall Street Journal informou que a Oracle deve ser anunciada como "parceira de tecnologia confiável" da TikTok, e que o negócio não será estruturado como uma venda direta.
O negócio precisará da aprovação das autoridades norte-americanas e chinesas. Se elas concordarem, seria um sinal de desaceleração da batalha multifacetada das duas potências pela supremacia econômica. As autoridades dos EUA vão querer ter certeza absoluta de que os dados do usuário do TikTok não chegarão a Pequim, enquanto a China precisará decidir que o acordo não infringe uma lei recentemente aprovada que proíbe a venda de certa tecnologia de inteligência artificial.
O iuan atingiu seu valor mais alto desde maio devido a interpretações positivas das notícias.
2. Nvidia paga US$ 40 bilhões ao Softbank pela ARM
A NVIDIA (NASDAQ:NVDA) concordou em comprar a ARM, designer de chips do Reino Unido, por US$ 40 bilhões da Softbank. Isso é cerca de US$ 8 bilhões a mais do que o Softbank pagou há cinco anos.
A notícia impulsionou as ações da empresa de capital de risco japonesa em 9%, em um novo sinal de confiança na administração do fundador Masayoshi Son. A confiança foi duramente atingida por perdas de investimento de alto risco em empresas como WeWork e Uber.
Mais da metade do preço de compra será pago na forma de ações da Nvidia, dando à Softbank exposição contínua ao setor de chips de alto desempenho em rápido crescimento.
3. Boas notícias na caça às vacinas
O CEO da Pfizer (NYSE:PFE), Albert Bourla, disse no fim de semana que a vacina que está desenvolvendo junto com a Biontech (NASDAQ:BNTX) da Alemanha poderia estar disponível para distribuição nos EUA até o final do ano. Bourla disse à CBS que havia uma “boa chance” de as empresas conseguirem enviar dados dos testes cruciais de fase 3 de seu medicamento para a Food and Drug Administration no final de outubro.
Também no fim de semana, a AstraZeneca (LON:AZN) recebeu aprovação das autoridades do Reino Unido para retomar o teste de fase 3 de sua vacina, que está sendo desenvolvido em conjunto com a Universidade de Oxford.
No entanto, o CEO da Serum Initiative of India, o maior fabricante mundial de vacinas, alertou que não há capacidade de produção suficiente para todos que precisam de proteção até 2024, no mínimo.
4. Ações devem abrir em alta; Gilead e Amazon em foco
As ações dos Estados Unidos devem abrir marcadamente em alta com as garantias do setor farmacêutico sobre o progresso na busca por uma vacina para combater o vírus da Covid-19.
Às 8h52 (horário de Brasília), o contrato futuro do Dow 30 subia 256 pontos, ou 0,9%, enquanto o contrato futuro S&P 500 subia 1,2% e o Nasdaq futuros, 1,4%.
As ações que provavelmente estarão em foco esta manhã incluem a Microsoft, que era a principal rival da Oracle para a parceria com a TikTok, e a Amazon (NASDAQ:AMZN), que anunciou que está contratando outros 100.000 funcionários nos EUA e Canadá.
Também chamará atenção a Gilead Sciences, que deve pagar US$ 21 bilhões pela Immunomedics, cujo ativo mais valioso, um medicamento experimental para tratar o câncer de mama, ainda não obteve a aprovação do FDA. A Gilead está pagando mais do que o dobro do valor de mercado da Immunomedics.
5. BP eleva previsão para pico de demanda de petróleo
Os preços do petróleo bruto caíam em meio às preocupações em curso sobre o equilíbrio entre oferta e demanda caindo ainda mais fora do equilíbrio devido à lenta recuperação em partes da economia global.
Às 7h30, os futuros do petróleo dos EUA caíam 0,8%, a US$ 37,05 o barril, enquanto os futuros do Brent caíam 0,7%, para US$ 37,55.
O clima ficou ainda mais azedo com a publicação das novas perspectivas da BP para a indústria de energia, que previa que a demanda global por petróleo se estabilizará já em meados da década de 2020, antes de entrar em declínio de longo prazo. A maioria das previsões no início do ano indicava que o "pico da demanda por petróleo" não aconteceria antes de 2040.
Ironicamente, os dados da manhã foram mais favoráveis à recuperação da demanda: os dados da produção industrial do Japão e da zona do euro vieram confortavelmente acima das expectativas para julho.