Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta sexta-feira

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Por Scott Kanowsky e Marianne Paim

Investing.com - A Moody's reduziu a perspectiva da Coinbase citando preocupações sobre uma ação judicial movida contra a bolsa de criptomoedas pelas autoridades dos EUA. Na China, os dados de inflação decepcionam e evidenciaram as preocupações de que a recuperação pós-pandemia do país pode estar perdendo força. No Brasil, o programa Desenrola poderá reduzir em até 40% inadimplência no país.

1. Moody's rebaixa a perspectiva da Coinbase

A agência de risco de crédito dos EUA Moody's reduziu sua classificação da Coinbase (NASDAQ:COIN) depois que os órgãos reguladores dos EUA abriram um processo contra a bolsa de criptomoedas no início desta semana.

Em um comunicado na quinta-feira, a agência de classificação de crédito rebaixou sua perspectiva de "estável" para "negativa", citando preocupações sobre como as reivindicações poderiam impactar o "modelo de negócios e fluxos de caixa" da empresa.

A Comissão de Valores Mobiliários processou a Coinbase na terça-feira, alegando que a plataforma havia violado a lei dos EUA ao não se registrar como uma bolsa.

A ação foi parte de uma repressão mais ampla ao setor de criptografia, que o presidente da SEC, Gary Gensler, comparou ao "Velho Oeste". Na segunda-feira, a SEC também tomou medidas legais contra a Binance, a maior bolsa de criptomoedas do mundo.

2. Trump enfrenta acusação histórica

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria sido indiciado por um grande júri federal pelo manuseio indevido de documentos confidenciais, tornando-o o primeiro ex-presidente a enfrentar acusações feitas pelo governo federal.

Citando uma pessoa familiarizada com a situação, o Wall Street Journal disse que Trump foi acusado de sete acusações, incluindo obstrução e declarações falsas. Em entrevista à CNN, um advogado que representa Trump confirmou as acusações.

O próprio Trump se manifestou sobre o assunto nas mídias sociais, dizendo que havia sido informado por seus advogados que estava sendo indiciado em relação ao manuseio de documentos secretos em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. Ele acrescentou que havia sido convocado para comparecer a um tribunal federal em Miami.

O Departamento de Justiça ainda não fez um comentário oficial.

Os problemas legais estão aumentando para Trump, que também está concorrendo à presidência em 2024. Ele também foi acusado de falsificar registros comerciais em um tribunal estadual. Trump negou as acusações.

3.Inflação da China decepciona e acende um alerta

O Índice de Preços ao Produtor chinês está em seu ritmo mais rápido desde 2016 em maio, enquanto o índice ao consumidor subiu menos do que o esperado, à medida que aumentam as preocupações com a demanda na segunda maior economia do mundo.

Enquanto os EUA e a Europa travam uma batalha contínua para controlar a inflação elevada, a China pode estar enfrentando o problema oposto. Um aumento na atividade no primeiro trimestre, após o levantamento das restrições da era da pandemia, parece estar começando a diminuir, com os analistas alertando que os dados recentes podem estar sugerindo que o país está se aproximando da deflação e de uma desaceleração econômica mais ampla.

O índice de preços ao produtor da China caiu no mês passado, 4,6%, de acordo com dados do National Bureau of Statistics. Essa foi a oitava queda mensal consecutiva. Enquanto isso, os preços ao consumidor aumentaram 0,2% em uma base anual, subindo ligeiramente em relação à leitura de abril, mas perdendo as previsões de um aumento de 0,3%.

As impressões desanimadoras de sexta-feira sobre a inflação ocorreram apesar dos vários esforços de Pequim para aumentar a liquidez local. Os maiores bancos estatais da China reduziram as taxa de juros dos depósitos em yuans nesta semana, potencialmente anunciando um corte mais amplo pelo Banco Popular.

4. Petróleo volátil após dados fracos da China

Os preços do petróleo ficaram instáveis na sexta-feira, depois que os dados de inflação da China alimentaram mais preocupações de que o maior importador de petróleo do mundo pode estar vendo uma desaceleração no crescimento econômico, o que pesará sobre a demanda este ano.

Enquanto isso, os EUA e o Irã negaram relatos de que estão próximos de chegar a um acordo nuclear. As declarações ajudaram a anular as especulações de que o Irã começaria a fornecer petróleo bruto para os mercados globais, dando suporte aos preços.

Às 7h52, no horário de Brasília, os contratos futuros do Petróleo WTI Futuros eram negociados 0,38% mais altos, a US$ 71,56 por barril, enquanto o contrato do Brent subia 0,13%, para US$ 76,27 por barril.

5. Desenrola Brasil pode ajudar a diminuir a inadimplência

O Desenrola Brasil pretende juntar devedores e credores a fim de que a dívida possa ser renegociada e a situação de inadimplência encerrada. Serão duas faixas. Na primeira, pessoas que ganham até dois salários mínimos ou quem esteja inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal – e que foram negativas até 31 de dezembro de 2022 – poderão saldar suas dívidas de até R$ 5 mil.

Carla Beni, economista da FGV, diz que a medida é importante para que as pessoas com renda mais baixa possam “voltar a respirar e até poder voltar a consumir”. Para o diretor de Diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Henrique Lian, considera o programa “de extrema relevância no atual contexto de superendividamento de expressiva parcela da população brasileira”.

Segundo o Ministério da Fazenda, o programa funcionará através de um leilão reverso entre credores, organizado por categoria de crédito, onde quem oferecer mais desconto será contemplado no programa, apresentará a dívida com desconto para renegociar com as pessoas físicas e contará com a garantia de que sua dívida será saldada.

Às 8h (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,71% no pré-mercado.