By Geoffrey Smith
Investing.com -- Já existe uma nova lei de apoio econômico em tramitação no Congressodos EUA, apenas alguns dias após a aprovação do último pacote, de US$ 2 trilhões.
O surto de coronavírus Covid-19 na Europa pode atingir o pico em breve, afirma a Organização Mundial da Saúde. A economia da China mostra primeiros sinais de recuperação. Isso tudo está ajudando os mercados de ações globais a subirem, mas ainda há tensão nos mercados de câmbio, especialmente na Europa central, pois governantes autoritários na Hungria e na Polônia usam a emergência Covid-19 para consolidar seus poderes.
Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na terça-feira, 31 de março.
1. Pacote de estímulos Fase 4 está a caminho, à medida que vírus e bloqueios se espalham nos EUA
A Casa Branca e o Congresso já estão trabalhando em um pacote de apoio econômico "fase 4", menos de uma semana depois que o presidente Donald Trump assinar um conjunto de estímulos no valor de US$ 2,2 trilhões da "fase 3". As informações são da agência Bloomberg.
A agência de notícias informou que as autoridades da Casa Branca compilaram listas de pedidos de agências do governo totalizando aproximadamente US$ 600 bilhões. A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse a repórteres que mais apoio ao governo local pode ser necessário, além de mais pagamentos diretos às famílias.
Os EUA estão rapidamente substituindo a Europa como epicentro global da pandemia de coronavírus, com 164.610 casos confirmados e um número de mortes de 3.170, que ainda está subindo rapidamente. Só a cidade de Nova York tem 67.000 casos e registrou 1.342 mortes, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Maryland, Virgínia e Washington DC promulgaram restrições mais rígidas a movimentações e negócios não essenciais na segunda-feira.
2. OMS vê a Europa atingindo o pico de Covid-19 em breve; dados calmos antes da tempestade
A Organização Mundial da Saúde disse que o surto de Covid-19 pode atingir o pico em breve na Europa, mas as mortes continuam a aumentar na Espanha e na França. Na Itália, pelo menos, os números mostram uma clara desaceleração de crescimento.
O vírus já parecia estar presente nos dados econômicos da região, com a inflação da zona do euro caindo para 0,7% no ano em março, ante 1,2% em fevereiro, principalmente devido aos preços mais baixos do petróleo.
No entanto, o apocalipse do mercado de trabalho terá de esperar mais algumas semanas, já que o número de desempregados da Alemanha aumentou em apenas 1.000. Carsten Brzeski, analista do ING, observou que o ponto de corte dos dados era antes do início do bloqueio em todo o país, nove dias atrás.
3. PIB da China em forte recuperação
A economia chinesa mostrou sinais de estabilização após sua contração recorde nos dois primeiros meses do ano. O Índice oficial de atividade de gerentes de compras subiu para 52 em março, de volta para acima da linha que indica crescimento econômico, ante 35,7 em fevereiro.
As notícias coincidem com relatos de reabertura de fábricas à medida que os bloqueios em todo o país são afrouxados. No entanto, a maioria das empresas disse também que suas instalações estão funcionando bem abaixo da capacidade devido a restrições operacionais em andamento.
O iuan teve pouca variação em relação ao dólar.
4. Ações devem abrir em baixa, dólar volta a se fortalecer
As bolsas de valores dos EUA devem abrir em alta, pois o mercado precifica, baseado em notícias, de mais estímulos dos EUA e uma luz fraca no fim do túnel do vírus surge para a Europa. O reequilíbrio do portfólio no final do trimestre também parece estar ajudando.
Às 8h48 (horário de Brasília), o contrato futuro do Dow Jones 30 caía 88 pontos, ou 0,4%, a 22.079. O contrato futuro do S&P 500 perdia 0,5% e o contrato Nasdaq 100, 0,08%.
Os mercados europeus estavam, no geral, em alta, com o índice de referência Stoxx 600 subindo 0,4%, para 316,24.
A China e a maioria dos outros mercados asiáticos, com exceção do Japão, também fecharam em alta em um amplo movimento de risco.
O dólar subia 0,7%, pois os bancos japoneses, em particular, buscavam a moeda norte-americana para suas contas de final do ano fiscal.
5. Democracia e moedas em apuros na Europa Central
O euro atingiu um novo recorde histórico contra o forint húngaro, depois que o parlamento da Hungria votou uma nova lei radical que suspende efetivamente o direito constitucional e levanta sérias dúvidas sobre seu lugar na União Europeia a longo prazo.
A lei estende um estado de emergência declarado pelo Primeiro Ministro Viktor Orban no início deste mês, no contexto da pandemia de Covid-19, permitindo que ele governe por decreto por um período ilimitado. Além disso, torna punível a disseminação de 'fake news' em até cinco anos de prisão.
Às 8h53, o euro estava em 359,94 forint, um pouco abaixo de uma máxima anterior de 360,41.
Até agora, o euro subiu cerca de 7% contra o forint no mês e 5,5% contra o zloty da Polônia, onde o governo nacionalista de direita está atualmente avançando com planos para uma eleição em 10 de maio, apesar dos óbvios riscos à saúde pública.