Liquidação ou Correção de Mercado? Seja como for, aqui está o que fazer em seguidaVejas ações caras

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Publicado 14.08.2024, 08:05
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com – Todas as atenções estarão voltadas para a divulgação mensal dos preços ao consumidor nos EUA, com os investidores buscando a confirmação de que o Federal Reserve começará a cortar as taxas de juros em setembro.

A inflação do Reino Unido se mostrou relativamente benigna, enquanto o UBS impressionou com seu resultado trimestral.

No Brasil, destaque para os resultados trimestrais do Nubank (BVMF:ROXO34), que dobrou o lucro líquido ajustado.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. IPC dos EUA em destaque

É a vez dos preços ao consumidor, previstos para esta quarta-feira, consolidarem o início da trajetória de flexibilização do Federal Reserve no próximo mês, após a publicação de terça-feira dos preços ao produtor dos Estados Unidos.

O índice de preços ao produtor de julho aumentou 0,1%, menos do que o esperado, depois de subir 0,2% em junho, informou o Departamento do Trabalho americano. Nos 12 meses até julho, o PPI aumentou 2,2%, recuando de um aumento de 2,7% em junho. Esses dados fizeram com que a probabilidade de um forte corte de 50 pontos-base em setembro subisse para 53,5%, de 50% no dia anterior, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Espera-se que a próxima divulgação do índice de preços ao consumidor, na quarta-feira, confirme as pressões inflacionárias geralmente benignas, o que permitiria que o banco central dos EUA cortasse sua taxa de política monetária da faixa de 5,25% a 5,50% em que se encontra há mais de um ano. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, enfatizou que dados favoráveis sobre a inflação são cruciais para um corte na taxa em setembro.

Para os dados do IPC de julho, a expectativa é que mostrem que a inflação continuou a se aproximar da meta anual de 2% do Fed, com as previsões apontando para uma queda anual de 3,2%, a menor desde abril de 2021.

Espera-se que o IPC permaneça em 3,0%, em uma base anual.

Os futuros das ações dos EUA foram negociados praticamente inalterados na quarta-feira, estabilizando-se após os ganhos recentes antes da divulgação do relatório mensal de preços ao consumidor amplamente observado.

Às 8h (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,03% mais alto, enquanto o S&P 500 futuros ganhava 0,04% e o Nasdaq 100 futuros subia 0,05%.

Os principais índices de Wall Street se beneficiaram de uma ampla recuperação na terça-feira, após a divulgação de dados benignos sobre os preços do produtor. O blue chip Dow Jones Industrial Average subiu mais de 400 pontos, ou 1%, enquanto o S&P 500, de base ampla, ganhou 1,7% e o Nasdaq Composto, de alta tecnologia, subiu 2,4%.

O índice de preços ao consumidor de julho deve mostrar que as pressões inflacionárias permanecem moderadas o suficiente para permitir que o Federal Reserve corte as taxas de juros em setembro.

No setor corporativo, a Intel (NASDAQ:INTC) vendeu sua participação de 1,18 milhão de ações na empresa britânica de chips Arm Holdings (NASDAQ:ARM) no segundo trimestre, segundo um registro regulatório divulgado na terça-feira.

A fabricante de chips disse no início deste mês que cortaria mais de 15% de sua força de trabalho e suspenderia seus dividendos em meio a uma retração nos gastos com semicondutores tradicionais de data center e uma mudança para chips de IA.

O Wall Street Journal informou que a gigante do chocolate Mars está procurando pagar US$ 83,50 por cada ação da fabricante de alimentos embalados Kellanova (NYSE:K), um prêmio de 12% em relação ao fechamento de terça-feira, enquanto avalia a empresa em mais de US$ 30 bilhões.

VEJA: Cotações das ações americanas no pré-mercado

2. O UBS impressiona com um grande lucro líquido no segundo trimestre

O UBS (SIX:UBSG) divulgou um desempenho impressionante no segundo trimestre na quarta-feira, com o gigante bancário suíço detalhando um lucro líquido de US$ 1,14 bilhão, superando com folga as previsões. O lucro líquido foi comparado com a previsão de US$ 528 milhões feita em uma pesquisa de analistas fornecida pela empresa para os primeiros resultados do banco desde que o UBS concluiu sua fusão legal formal com o Credit Suisse (SIX:CSGN) em maio.

O CEO do UBS, Sergio Ermotti, disse que os resultados refletiam o "progresso significativo" que o banco havia feito desde o fechamento da aquisição do Credit Suisse. "Estamos bem-posicionados para cumprir nossas metas financeiras e retornar aos níveis de lucratividade que apresentávamos antes de sermos solicitados a intervir e estabilizar o Credit Suisse", acrescentou, em um comunicado. "Estamos agora entrando na próxima fase de nossa integração, que será fundamental para a obtenção de mais benefícios substanciais de custo, capital, financiamento e impostos”, completou.

O UBS disse que as perspectivas macroeconômicas foram obscurecidas pelos conflitos em andamento, pelas tensões geopolíticas e pelas próximas eleições nos EUA. O banco espera que essas incertezas persistam no futuro próximo e que provavelmente levem a uma maior volatilidade do mercado do que no primeiro semestre do ano.

3. A inflação do Reino Unido subiu em julho

A divulgação do IPC dos EUA pode ser o principal número econômico do dia [veja acima], mas não é o único número de inflação digno de nota, já que o Reino Unido também publicou seu relatório de preços ao consumidor de julho. O Índice de Preços ao Consumidor britânico subiu para 2,2% em julho, ficando acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra após dois meses nesse nível, mas ainda assim uma queda acentuada em relação à alta de 41 anos de 11,1% observada em outubro de 2022.

No entanto, esse foi um aumento ligeiramente menor do que o valor de 2,3% esperado, e a inflação anual de serviços, observada de perto pelo BoE, caiu acentuadamente para 5,2% em julho, em comparação com os 5,7% de junho. Isso se seguiu aos dados divulgados na terça-feira, mostrando que crescimento salarial anual excluindo bônus desacelerou para o seu nível mais baixo em quase dois anos, com 5,4%.

O Banco da Inglaterra cortou sua taxa básica no início deste mês pela primeira vez em mais de quatro anos, mas permanece a incerteza sobre quando ou se o banco central cortará as taxas novamente este ano.

Agenda Econômica: Fim da temporada de balanços no Brasil com inflação nos EUA

4. Petróleo oscila após aumento nos estoques dos EUA

Os preços do petróleo oscilavam na quarta-feira, após dados do setor que mostraram uma redução maior do que a esperada nos estoques dos EUA, enquanto as elevadas tensões geopolíticas no Oriente Médio deram suporte.

Às 8h, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) recuavam 0,31%, para US$ 78,11 por barril, enquanto o contrato do Brent perdia 0,15%, para US$ 80,57 por barril. Dados do Instituto Americano do Petróleo mostraram que os estoques de petróleo dos EUA diminuíram em 5,2 milhões de barris na semana até 10 de agosto, muito mais do que as expectativas de uma redução de 2 milhões de barris.

A leitura, se confirmada pelos dados de inventário no final do dia, mostrou que a demanda permaneceu robusta no maior consumidor de combustível do mundo, mesmo com o fim da temporada de verão, marcada por muitas viagens.

Os mercados de petróleo bruto também foram apoiados pelas tensões elevadas no Oriente Médio, em meio a temores de que uma guerra maior no Oriente Médio interrompa o fornecimento de petróleo da região rica em petróleo bruto.

O Irã prometeu uma resposta severa ao assassinato do líder do Hamas no final do mês passado. Israel não confirmou nem negou seu envolvimento, mas está lutando em Gaza contra o Hamas depois que o grupo atacou Israel em outubro.

ACOMPANHE: Cotações das commodities

5. Nubank dobra lucro líquido ajustado na base anual

Em meio ao seu processo de expansão na América Latina, o Nubank reportou lucro líquido ajustado de US$563 milhões no segundo trimestre deste ano, contra US$263 milhões apurados um ano antes. O montante é superior às projeções consensuais compiladas pela LSEG, que indicavam resultado líquido de US$472,5 milhões.

No entanto, o roxinho monitora a inadimplência, como alertado anteriormente por analistas de instituições financeiras. A inadimplência abaixo de 90 dias caiu de 5% no primeiro trimestre para 4,5% no segundo, enquanto a acima de 90 dias subiu de 6,3% para 7%.

A receita chegou a US$2,848 bilhões, acima do US$1,868 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. A rentabilidade medida pelo retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês) atingiu 28%, contra 23% no primeiro trimestre e 17% no 2T23.

Às 8h (de Brasília), as ações do Nubank subiam 4,33% no pré-mercado.

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