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Publicado 12.12.2024, 08:05
© Reuters.
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Wall Street está sendo negociada em ligeira baixa nesta quinta-feira, com o decepcionante guidance de vendas da gigante de software Adobe pesando sobre o sentimento. O Bitcoin subiu acima de US$ 100.000 novamente, enquanto se espera que o Banco Central Europeu flexibilize a política monetária, depois que o Banco Nacional Suíço fez um corte de 50 pontos-base. No Brasil, Banco Central acelera alta na taxa de juros.

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Veja agora mais detalhes dos assuntos que estão movimentando os mercados hoje!

1. O BCE fará cortes, mas em quanto?

Os bancos centrais estão no centro das atenções à medida que o ano chega ao fim, com a última reunião de política do Banco Central Europeu prevista para ser concluída hoje, antes do Federal Reserve na próxima semana e depois que o Banco Nacional Suíço fez um corte de 50 pontos-base.

Espera-se que o BCE reduza as taxas de juros ainda nesta quinta-feira, e a verdadeira questão no mercado é: em quanto?

O banco central já cortou as taxas em três de suas últimas quatro reuniões e espera-se que se comprometa com mais 25 pontos-base de flexibilização desta vez.

Dito isso, tem havido um debate significativo sobre se a política de flexibilização está sendo rápida o suficiente para apoiar uma economia que corre o risco de recessão, enfrentando instabilidade política no país e a perspectiva de uma nova guerra comercial com os Estados Unidos - especialmente com a inflação quase de volta à meta.

Qualquer que seja a decisão do BCE hoje, não há dúvida de que haverá mais flexibilização: Os mercados estão prevendo reduções em todas as reuniões até junho, seguidas de pelo menos um corte adicional no último semestre de 2025.

O Banco Central da Suíça deu início ao processo de corte de taxas na quinta-feira, reduzindo sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, enquanto tentava lidar com o forte franco suíço e com a inflação deprimida.

A Suíça se tornou a primeira grande economia a afrouxar as rédeas de sua política monetária em março, implementando quatro reduções este ano na batalha para domar a valorização da moeda nacional e as quedas nos preços ao consumidor.

Recentemente, o Presidente do SNB, Martin Schlegel, invocou a possibilidade de um retorno às taxas negativas, se necessário, para diminuir o apetite dos investidores pelo franco, que é um refúgio seguro.

ACOMPANHE: Mercados futuros globais

2. Futuros americanos ligeiramente mais baixos; Adobe cai

Os futuros de ações dos EUA caíram ligeiramente na quinta-feira, devolvendo parte dos ganhos da sessão anterior, depois que o Nasdaq, de alta tecnologia, fechou acima do nível de 20.000 pela primeira vez.

Por volta das 8h (de Brasília), o contrato Dow futuros recuou 0,19%, o S&P 500 futuros caiu 0,15%, e o Nasdaq 100 futuros perdeu 0,23%.

O Nasdaq Composto subiu quase 1,8% na quarta-feira, ultrapassando o limite de 20.000 e registrando um recorde histórico, depois que o relatório do índice de preços ao consumidor de novembro ficou em linha com as expectativas, levando os investidores a antecipar outro corte nas taxas do Federal Reserve em sua reunião de política na próxima semana.

O mercado amplo S&P 500 subiu 0,8%, enquanto a blue chip Dow Jones Industrial Average teve um desempenho inferior, caindo 0,2%.

Nos Estados Unidos, os dados mais recentes sobre a inflação revelaram um aumento de 0,3% no preços ao consumidor mês a mês, com uma taxa de crescimento anual de 2,7%.

Ambos os números se alinharam com as previsões dos economistas, oferecendo algum alívio aos mercados após a recente volatilidade.

A principal divulgação econômica é o relatório preços ao produtor de novembro, que deve mostrar que os preços mensais permaneceram inalterados em 0,2%, confirmando as expectativas de um corte nas taxas do Federal Reserve na próxima semana.

Em relação aos lucros corporativos, a Adobe (NASDAQ:ADBE) estará no centro das atenções depois que a gigante do software decepcionou com sua orientação de vendas, enquanto empresas como a gigante de chips Broadcom (NASDAQ:AVGO), a empresa de móveis para casa RH (NYSE:RH) e a varejista CostCo devem divulgar seus relatórios após o fechamento.

As ações da Adobe caíram nas negociações do pré-mercado depois que a gigante do software divulgou uma perspectiva decepcionante de vendas anuais, indicando que as recentes medidas da empresa para incorporar inteligência artificial em suas ofertas estavam demorando mais do que o esperado para gerar retornos.

A empresa previu uma receita anual para 2025 entre US$ 23,30 bilhões e US$ 23,55 bilhões, em comparação com as estimativas de US$ 23,78 bilhões, de acordo com dados compilados pela LSEG.

A Adobe, conhecida por seu software para profissionais de criação, aumentou seus investimentos em IA em meio ao aumento da concorrência de empresas menores, como a Stability AI e a Midjourney, cujo software de geração de imagens deve reduzir a participação de mercado da Adobe.

Mas a empresa ainda está lutando para rentabilizar seus recursos de IA, com a receita não conseguindo aumentar substancialmente, apesar da introdução dos próprios recursos de geração de imagem e vídeo da Adobe.

As ações da Adobe caíram quase 8% até o momento este ano, e são indicadas como 9% mais baixas nas negociações pré-mercado.

4. Bitcoin de volta acima de US$ 100.000, apesar do golpe da Microsoft (NASDAQ:MSFT)

O Bitcoin subiu na quinta-feira, ampliando uma recuperação durante a noite, já que o apetite pelo risco foi impulsionado pelos dados de inflação ao consumidor dos EUA, que mantiveram os investidores apostando em grande parte em um corte na taxa de juros em dezembro.

A maior criptomoeda do mundo já havia recuperado todas as perdas sofridas na semana passada, além de parecer ter saído de uma faixa de negociação de US$ 90.000 a US$ 100.000 observada nas últimas semanas.

Às 8h (de Brasília), o Bitcoin subiu 2,41% para US$ 100.577,0.

A perspectiva de regulamentações de criptografia mais amigáveis nos EUA sob a presidência de Donald Trump manteve a maioria das principais criptomoedas com fortes ganhos na semana passada.

No entanto, os touros do bitcoin receberam um golpe depois que os acionistas da Microsoft votaram contra uma proposta para a empresa considerar a adição da moeda digital ao seu balanço patrimonial nesta semana.

A proposta foi apresentada por um grupo de reflexão - o National Center for Public Policy Research (Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas) - e solicitava que a gigante da tecnologia considerasse investir em Bitcoin, argumentando que era uma proteção confiável contra a inflação.

Mas os acionistas rejeitaram a proposta, e o conselho da Microsoft também recomendou que ela não fosse aprovada. A empresa já sinalizou no passado que, embora considere as criptomoedas como um investimento, prefere ativos menos voláteis.

CONFIRA: Cotações das commodities

4. O petróleo se mantém estável em meio a uma miríade de fatores diferentes

Os preços do petróleo pouco mudaram na quinta-feira, com os investidores digerindo uma série de fatores, incluindo o potencial para mais sanções dos EUA sobre o petróleo, novas medidas de estímulo na China e uma perspectiva sombria sobre a demanda de petróleo da OPEP.

Às 8h01, os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) caíam 0,01%, para US$ 70,28 por barril, enquanto o contrato Brent recuou 0,07, para US$ 73,47 por barril.

Os preços se estabilizaram depois de terem subido acentuadamente na sessão anterior, com expectativas de suprimentos globais mais apertados, depois que os EUA foram vistos preparando mais sanções contra a Rússia. Os preços também mantiveram os ganhos obtidos depois que o principal importador, a China, sinalizou mais apoio econômico no início desta semana.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, declarou na quarta-feira que um mercado global de petróleo mais fraco poderia apresentar uma chance de ação adicional contra o setor de energia da Rússia.

Por outro lado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, conhecida como OPEP, cortou suas previsões para o crescimento da demanda de petróleo em 2024 e 2025, na quarta-feira, sua quinta revisão consecutiva para baixo.

Os dados de estoques do governo divulgados na quarta-feira mostraram que o estoques de petróleo dos EUA cresceram inesperadamente mais do que o esperado na semana até 6 de dezembro.

5. BCB brasileira sobe juros em um ponto percentual

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa de juros Selic em 1 ponto percentual ao final da reunião de dois dias. Com isso, a taxa passou de 11,25% para 12,25%, mais do que o esperado pelo consenso do mercado, que previa 12%.

A decisão do colegiado foi unânime e veio em linha com o esperado pela XP (BVMF:XPBR31), Goldman Sachs (NYSE:GS) e Deutsche Bank. O Copom prevê duas novas elevações de um ponto percentual nas próximas reuniões.

“O conselho sinalizou que está diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação para a meta”, destacou o Bank of America (NYSE:BAC), que esperava uma alta menor, de 0,75 ponto percentual.

“A magnitude total do ciclo de aperto permanece em aberto e, segundo o comunicado, dependerá da convergência da inflação para a meta”, completaram os economistas David Beker, Natacha Perez e Gustavo Mendes.

O ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 1,17% no pré-mercado.

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