Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quinta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 26.06.2025, 08:19
© Reuters

Investing.com – Os índices futuros das bolsas norte-americanas operavam no azul na manhã desta quinta-feira, com o S&P 500 perto de renovar sua máxima histórica.

Há rumores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, estaria avaliando a indicação de um substituto para o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ainda este ano, em razão da insatisfação com a postura conservadora do banco central.

No cenário corporativo, a Shell (NYSE:SHEL) negou veementemente especulações sobre uma possível aquisição da petrolífera britânica BP (NYSE:BP).

No Brasil, o destaque fica para a decisão do Congresso de derrubar o decreto do governo que aumenta o imposto sobre operações financeiras (IOF). No calendário econômico de hoje, teremos ainda novos dados sobre a inflação no país.

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1. Futuros em alta nos EUA

Os índices futuros das ações dos EUA operam em terreno positivo nesta quinta-feira, com o S&P 500 próximo de romper sua máxima histórica registrada em fevereiro.

Às 7h30 de Brasília, Dow Jones avançava 84 pontos (+0,2%), o S&P 500 subia 14 pontos (+0,2%) e o Nasdaq 100 se valorizava 74 pontos (+0,3%).

As principais bolsas de Nova York encerraram o pregão de quarta-feira de forma mista, após dois dias de alta, com investidores absorvendo o cessar-fogo entre Israel e Irã e o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

O foco agora se desloca para o índice de preços das despesas de consumo pessoal, previsto para sexta-feira. Trata-se do indicador de inflação preferido pelo Fed, que aparece após Powell defender uma postura de aguardar novos dados antes de futuras decisões sobre juros. Vários membros da autoridade monetária têm destacado que essa tática só será mantida até que se torne mais claro o impacto das tarifas norte-americanas sobre a economia.

Analistas do ING observaram: “os mercados parecem confiar no cessar-fogo […], e o dólar volta a testar suas mínimas. Aguardo que os dados dos EUA tenham papel mais relevante a partir de agora, especialmente diante da postura comedida de Powell durante seu depoimento no Congresso, com claras nuances dovish”.

2. Trump avalia substituto para Powell

A opção de Powell por uma condução cautelosa na política monetária tem sido alvo frequente de críticas vindas do presidente Trump, que defende que o Fed acompanhe outros bancos centrais e promova cortes acelerados na taxa básica.

Trump alega que a ausência de redução estaria onerando o governo em “centenas de bilhões de dólares” em juros.

Essas e outras declarações, incluindo questionamentos sobre a capacidade cognitiva de Powell, reforçam especulações sobre a possível substituição imediata. O presidente comentou a repórteres na quarta-feira que sua lista de candidatos foi reduzida para três ou quatro nomes. Segundo reportagem do Wall Street Journal, Trump estaria inclinado a tomar uma decisão até setembro ou outubro, podendo anunciar a escolha ainda durante o verão norte-americano.

3. Shell nega interesse na BP

A petroleira Shell rejeitou rumores de que estaria articulando uma aquisição da concorrente BP, afirmando que não avalia nem estrutura proposta alguma nesse sentido.

Em comunicado, a companhia reforçou que, conforme regras do Reino Unido, a divulgação pública dessa posição a impede de formalizar qualquer oferta nos próximos seis meses.

A nota foi emitida em resposta a um apuração do Wall Street Journal que afirmava que a Shell estaria em negociações preliminares para adquirir a BP, citando fontes próximas ao caso. O jornal informou que as conversas se encontrariam em estágio ativo, com a BP analisando “cuidadosamente” a possibilidade.

4. Petróleo sobe

Os preços do petróleo avançam nesta manhã, acumulando ganhos após dados mostrarem uma queda mais acentuada que o previsto nos estoques dos EUA, sugerindo demanda sólida.

No momento da redação, o barril do Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), subia 0,63%, cotado a US$ 66,85, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, ganhava 0,55%, chegando a US$ 65,27.

Ambos os referenciais recuaram quase 1% ontem, recuperando-se de perdas no início da semana, após a Administração de Informação de Energia anunciar queda de 5,8 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA, marcando a quinta semana consecutiva de retração, ao passo que os estoques de gasolina sofreram uma queda inesperada de 2,1 milhões de barris. O levantamento também destacou que a oferta de gasolina atingiu seu nível mais elevado desde dezembro de 2021.

5. Derrubada do decreto sobre IOF e inflação no Brasil

O Congresso Nacional aprovou ontem um projeto que anula os efeitos de decretos do governo que aumentavam a alíquota do IOF sobre operações de câmbio, crédito e previdência privada, medida que visava reforçar a arrecadação, na tentativa de equilibrar as contas públicas.

Apesar das tentativas do Executivo de negociar ajustes e apresentar alternativas fiscais, como tributar investimentos antes isentos e elevar a cobrança sobre apostas e instituições financeiras, a pressão política e as críticas do setor privado prevaleceram.

A derrubada, celebrada por parlamentares da oposição, representa uma perda estimada de R$10 bilhões em receitas para 2025, ampliando os desafios do governo para cumprir as metas fiscais.

MAIS DETALHES: Congresso aprova projeto que susta decretos de aumento do IOF do Executivo

Após a decisão, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que cada Poder precisa respeitar seus limites institucionais e classificou a decisão como reflexo do sentimento da Casa. A medida foi aprovada rapidamente nas duas Casas, revelando insatisfação do Legislativo com o governo, sobretudo após a publicação de uma MP que manteve parte do aumento do imposto. Apesar de uma possível judicialização no STF, o governo tenta minimizar tensões, enquanto acelera a liberação de emendas parlamentares para recompor apoio.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, classificou a derrubada do aumento do IOF como uma derrota do governo "construída a várias mãos", defendendo a legitimidade da decisão parlamentar diante de críticas do Planalto.

Alcolumbre destacou ainda o histórico de apoio do Legislativo à agenda do Executivo, mas alertou que desrespeitar acordos institucionais compromete o diálogo entre os Poderes. O episódio deixou claro o desgaste na relação entre Congresso e governo, agravado por disputas em torno de emendas e pela condução da política fiscal.

Logo mais, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o IPCA-15 de junho, indicador considerado a “prévia” da inflação oficial.

Em maio, o indicador registrou alta de 0,36%, o menor avanço para o mês desde 2020. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses recuou de 5,49% em abril para 5,40% em maio, interrompendo três meses consecutivos de aceleração.

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