Agência Brasil - Em fiscalização hoje (27), o Procon de São Paulo registrou em 70% das lojas vistoriadas alguma infração ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). Hoje o comércio varejista promove a Black Friday. O Procon esteve em 275 estabelecimentos, e em 193 a legislação não estava sendo respeitada.
“O principal problema encontrado foi não informar o preço adequadamente ao consumidor, como, por exemplo, informar somente o desconto em percentual sem informar o preço final; não informar o preço anterior à Black Friday, impedindo a comparação; praticar preços diferentes no folheto e no caixa, deixando de aplicar o desconto ofertado. Outros locais ainda deixaram de disponibilizar produtos anunciados no folheto promocional”, explicou a entidade em nota.
Até as 9h de hoje (27), o Procon-SP já havia registrado 168 reclamações relacionadas à Black Friday em seu site, e 41 consultas e denúncias pelas redes sociais da entidade.
Os principais problemas encontrados na fiscalização de hoje, segundo o Procon, foram maquiagem de preço, quando o desconto oferecido sobre o preço do produto ou serviço não é real; pedido cancelado após finalização da compra; produto ou serviço indisponível; e mudança de preço ao finalizar a compra.
A empresa com mais registros de reclamação, até o momento, segundo o Procon-SP, é a B2W (SA:BTOW3) Companhia Digital - americanas.com, Submarino, Shoptime, Soubarato -, com 15 reclamações. Em seguida aparece a Via Varejo (SA:VVAR3) - Casas Bahia, Pontofrio e Extra.com.br -, com 12; Kabum Comércio Eletrônico, 11; e Mercado Livre (NASDAQ:MELI) e Magazine Luiza (SA:MGLU3), com nove registros, cada.
O Procon-SP lembra que, em compras feitas fora do estabelecimento comercial, o consumidor tem sete dias para cancelar a compra, devolver o produto e pedir o dinheiro de volta.