Por Sam Boughedda
Em uma nota emitida aos clientes na terça-feira, analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) disseram que a previsão mais “fora de consenso” do banco para 2023 é a de que os EUA evitarão uma recessão e conseguirão realizar um “pouso suave”.
Os analistas explicaram que a projeção, em parte, reflete a visão de que um período de crescimento abaixo do potencial é suficiente para reequilibrar gradualmente o mercado de trabalho e amortecer as pressões salariais e de preços.
"Também reflete nossa análise de que os efeitos do aperto fiscal e monetário diminuirão bastante no próximo ano, em contraste com a visão consensual de que os efeitos defasados dos aumentos de juros causarão uma recessão em 2023", declarou o Goldman Sachs.
Além disso, eles afirmaram que os primeiros passos no processo de reequilíbrio neste ano foram bastante satisfatórios, com a redução da defasagem de trabalhadores. No entanto, os analistas acreditam que ainda há "muito mais pela frente em 2023".
Os analistas prosseguiram dizendo que a recuperação da cadeia de suprimentos e o impulso deflacionário no setor de bens demoraram muito mais do que o esperado, mas finalmente ocorreram. Com isso, esperam que "a inflação básica de bens seja empurrada para o negativo no próximo ano, promovendo a queda da maior parte do núcleo da inflação."
"Isso deve ajudar a fazer com que as expectativas de inflação no curto prazo voltassem para os níveis normais", declarou o Goldman Sachs. "Esperamos que o Fomc eleve os juros em 25 pontos-base em fevereiro, março e maio e, em seguida, mantenha a taxa em 5-5,25% pelo restante de 2023."
"Estamos céticos com a perspectiva de corte de juros até que a economia esteja ameaçando entrar em recessão, e não esperamos que isso aconteça no ano que vem."