Por Geoffrey Smith
Investing.com – O mercado imobiliário dos EUA esfriou ainda mais no mês passado, devido ao crédito mais caro e a métricas de acessibilidade ruins, o que fez um importante indicador do setor atingir seu nível mais baixo desde junho de 2020. A Associação Nacional de Construtores Residenciais (NAHB) disse que seu índice de atividade do mercado imobiliário caiu para 49 em agosto, contra 55 em julho.
Dos três componentes do índice, as condições de vendas atuais caíram sete pontos, para 57, enquanto as expectativas de vendas nos próximos seis meses tiveram um declínio de dois pontos, para 47, com o tráfego de possíveis compradores caindo cinco pontos, para 32, em reflexo da disparada dos preços dos imóveis no país nos últimos dois anos, responsável por tornar a moradia menos acessível para muitas famílias.
Com exceção do início da pandemia, a queda do índice foi a oitava seguida e a mais acentuada desde 2014.
“A política monetária mais restritiva do Federal Reserve e os custos de construção persistentemente altos provocaram uma recessão no setor imobiliário", afirmou o economista-chefe da associação, Robert Dietz. Ele disse ainda que o volume total de construção de novas casas unifamiliares deve cair de forma geral em 2022, pela primeira vez desde 2011, ainda que essa seja uma queda em relação aos níveis recordes de 2021.
“No entanto”, explicou Dietz, “diante dos sinais maiores de pico de inflação, as taxas de longo prazo se estabilizaram, o que fornecerá alguma estabilidade para o lado da demanda do mercado nos próximos meses".
Desde o início do ano, a taxa referencial de financiamentos de 30 anos da Associação de Banqueiros Hipotecários registrou um pico de quase 6% em junho, antes de se consolidar a 5,47% na semana passada.
O relatório da NAHB foi a segunda pesquisa do dia a mostrar uma repentina deterioração acentuada da atividade comercial. Mais cedo, o índice Empire State de atividade industrial, da sucursal do Federal Reserve em Nova York, registrou uma forte queda, devido a um acentuado recuo em novas encomendas.