Por P.J. Huffstutter
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de milho para os próximos meses negociados na bolsa de Chicago atingiram novas mínimas nesta quarta-feira, depois que o governo dos EUA fechou duas importantes rotas ferroviárias para o México, o maior importador de milho norte-americano, em resposta a um aumento da travessia de migrantes.
Grupos empresariais e operadores ferroviários estão apelando a autoridades para que reabram as pontes ferroviárias em Eagle Pass e El Paso, após as autoridades fronteiriças dos EUA terem fechado as passagens em 18 de dezembro, a fim de "redirecionar o pessoal" para verificações da imigração na fronteira.
Em outubro, o frete ferroviário total entre os portos de El Paso e Eagle Pass ultrapassou os 3 bilhões de dólares em ambas as direções, de acordo com o Departamento de Transportes dos EUA. Isso representou cerca de 4% do comércio total através da fronteira entre os EUA e o México naquele mês.
O impacto nas exportações já está sendo sentido, disse a Associação Nacional de Grãos e Rações em carta enviada nesta quarta-feira ao secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas.
"Infelizmente, o fechamento das travessias está causando perda de exportações", afirmou a carta. "Cada dia que as travessias são fechadas, estimamos que quase 1 milhão de bushels de exportações de grãos sejam potencialmente perdidos, juntamente com o potencial de exportação de muitos outros produtos agrícolas".
Os futuros da soja também caíram devido às previsões meteorológicas brasileiras, enquanto o trigo caiu após analistas aumentarem as estimativas de produção do Mar Negro, disseram traders.
Os contratos março e maio mais ativos do milho na bolsa de Chicago (CBOT) registraram novas mínimas. O contrato mais ativo fechou em queda de 2,75 centavos, a 4,825 dólares por bushel.
O contrato de soja mais ativo caiu 4,25 centavos para 13,0825 dólares por bushel, enquanto o trigo fechou em queda de 12,75 centavos a 6,10 dólares o bushel.
(Reportagem adicional de Peter Hobson em Canberra e Sybille de La Hamaide em Paris)