Por Shadia Nasralla
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo estavam a caminho de seu maior ganho semanal desde o final de agosto, com o sentimento do mercado impulsionado pelo alívio das preocupações sobre o impacto da variante do coronavírus Ômicron no crescimento econômico global e na demanda por combustível.
Os tipos Brent e WTI se encaminhavam para avanço de cerca de 7% esta semana, seu primeiro ganho semanal em sete semanas, mesmo após uma breve sessão de realização de lucros.
Os futuros do petróleo Brent subiam 0,4%, ou 0,31 dólar, a 74,73 dólares o barril, às 8h37 (horário de Brasília), após caírem 1,9% na quinta-feira.
Os futuros do U.S. West Texas Intermediate (Petróleo WTI subiam 0,46 dólar, ou 0,6%, para 71,43 dólares, depois da queda de 2% em uma sessão volátil do dia anterior.
No início da semana, o mercado de petróleo recuperou cerca de metade das perdas sofridas desde o surto de Ômicron em 25 de novembro, com os preços subindo em função dos primeiros estudos sugerirem que três doses da vacina da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)contra a Covid-19 oferecem proteção contra a variante Ômicron.
No entanto, a pressão sobre os preços está sendo aplicada pelo vacilante tráfego aéreo doméstico na China, devido às restrições mais rígidas a viagens e à redução da confiança do consumidor após repetidos surtos pequenos.
Enquanto isso, a agência de ratings Fitch rebaixou a classificação dos incorporadores imobiliários China Evergrande Group e Kaisa Group, alegando inadimplência de títulos offshore.
Isso reforçou os temores de uma possível desaceleração no setor imobiliário da China, bem como na economia como um todo na maior importadora de petróleo do mundo.
Além disso, as manchetes sobre um estudo japonês mostrando que a Ômicron é quatro vezes mais transmissível que a variante Delta também gerou algumas vendas, disse o analista da OANDA Jeffrey Halley.
(Reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne e Muyu Xu em Pequim)