Reduções nas estimativas para as safras de soja, milho e trigo puxaram a revisão na previsão para a safra agrícola brasileira em fevereiro ante janeiro. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, divulgado nesta terça-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
CONFIRA: Cotação das principais commodities
A safra agrícola de 2024 deve totalizar 300,7 milhões de toneladas, 14,7 milhões de toneladas a menos que o desempenho de 2023, um recuo de 4,7%. O resultado é 2,7 milhões de toneladas inferior ao previsto no levantamento de janeiro, uma queda de 0,9%.
Houve declínios nas estimativas de produção de soja (-0,8% ante o previsto em janeiro, ou -1,162 milhão de toneladas), milho 1ª safra (-3,0% ou -782,970 mil toneladas), trigo (-6,6% ou -682,744 mil toneladas), milho 2ª safra (-0,1% ou -53,547 mil toneladas), cevada (-14,9% ou -72,354 mil toneladas), aveia (-6,2% ou -75,958 mil toneladas), batata 1ª safra (-2,0% ou -33,622 mil toneladas), uva (-1,2% ou -20,117 mil toneladas), fumo (-0,9% ou -5,783 mil toneladas) e batata 2ª safra (-0,7% ou -8,964 mil toneladas).
"Neste início de 2024, seguimos observando os efeitos dos eventos climáticos que aconteceram no ano passado, como o excesso de chuvas na região Sul e a falta delas no Centro-Oeste e no Norte. Além disso, como o volume de produção da soja é muito expressivo no país, a redução de 0,8% na variação mensal teve grande impacto no resultado geral, assim como as quedas nas estimativas de produção de trigo e milho", apontou Carlos Barradas, gerente do levantamento do IBGE, em nota oficial.
Em relação a janeiro, houve aumentos nas estimativas de produção do feijão 2ª safra (6,2% ou 84,759 mil toneladas), café canephora (1,4% ou 15,077 mil toneladas), feijão 1ª safra (1,4% ou 13,855 mil toneladas), feijão 3ª safra (0,8% ou 5,485 mil toneladas), cacau (0,7% ou 1,990 mil toneladas) e tomate (0,6% ou 26,632 mil toneladas).
"Vale destacar também a produção de feijão e de arroz. Ambas estão atendendo à demanda do mercado interno, não havendo necessidade de importação dos produtos, o que consequentemente ajuda no combate à inflação no País", acrescentou Barradas, na nota.