By Geoffrey Smith
Investing.com -- Os EUA ultrapassam a China (mas ainda não a Europa) em número de infectados por coronavírus Covid-19.
O projeto de apoio econômico de US $ 2,2 trilhões do Senado deve ser aprovado na Câmara dos Deputados na sexta-feira, ou no máximo no sábado, apesar de rumores isolados da oposição sugerirem que ainda não está fechado.
O dólar está a caminho da pior semana desde 2009, com a confiança voltando aos mercados globais de financiamento, enquanto a zona do euro não chegou a um acordo sobre títulos comuns para combater as conseqüências econômicas do coronavírus.
O Reino Unido suspendeu seu mercado imobiliário.
Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na sexta-feira, 27 de março.
1. EUA superam China em casos de Covid-19
OS EUA agora superaram a China no número total de casos confirmados, com quase 86 mil, apesar de ter apenas um quarto da população. O número de mortes dos EUA alcançaram 1.200, número ainda muito menor do que os da China e da Itália.
Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, o presidente Donald Trump disse que os números se deviam à quantidade de testes e repetiu sua prioridade de retomar a atividade o mais rápido possível, dizendo que “as pessoas querem voltar para o trabalho”.
Além disso, o Washington Post reportou que o G7 havia sido incapaz de concordar com um comunicado conjunto por causa da insistência dos EUA de chamar o Covid-19 de “vírus de Wuhan”.
2. Pacote de estímulos trilionários do Senado será votado pela Câmara
A Câmara dos Representantes deve votar o pacote de US$ 2,2 trilhões aprovados anteriormente pelo Senado, apesar de rumores de resistência de alguns legisladores.
O deputado republicano Thomas Massie, de Kentucky, disse a uma estação de rádio local na quinta-feira que se oporia a permitir que o projeto fosse aprovado por votação por voz, forçando efetivamente uma votação física em Washington, para qual seria difícil reunir um quorum.
No entanto, o efeito da proposta e das medidas tomadas pelo Federal Reserve continua a percorrer mercados financeiros globais, levando o índice dólar para abaixo de 100 e o direcionando à sua maior queda semanal desde 2009.
3. Ações devem abrir em baixa à medida que os lucros aumentam
As ações dos EUA devem abrir em baixa na sexta-feira, após um rali ao longo dos últimos três dias que corresponde à definição técnica de um novo bull market.
Às 9h03 (horário de Brasília), o contrato futuros do Dow Jones 30 estava em queda de 730 pontos, ou 3,27%, enquanto o contrato S&P 500 caía 3,09% e o contrato Nasdaq 100 futuros tinha baixa de 2,65%.
O chinês CSI 300 anteriormente caiu 0,5%, em meio a uma queda de 38% nos lucros industriais ao longo dos dois primeiros meses do ano, enquanto o europeu Stoxx 600 caía 3,52%.
4. Europa em dificuldade, médica e financeira
A Europa continua a sofrer com o coronavírus, tanto médica quanto financeiramente.
A Espanha reportou seu dia mais mortal do surto até então, com 769 mortes na quinta-feira, enquanto a Itália também quebrou uma sequência de três dias na qual o número de novas infecções e mortes havia desacelerado. A deterioração dos números da Itália é causada pelo fato de o vírus estar se espalhado para além da região da Lombardia, no Norte.
Uma teleconferência entre líderes da União Europeia na quinta-feira, enquanto isso, não produziu nenhum progresso adicional em coordenar a resposta do bloco ao surto, devido a uma disputa em relação a propostas de emitir dívida conjunta, lideradas por França, Espanha e Itália.
Além disso, o governo do Reino Unido suspendeu efetivamente o mercado de imóveis devido a preocupações com a saúde pública, medida que ondulou pelas ações de corretoras, bancos e construtoras na sexta-feira.
5. Rússia mantém pressão sobre o petróleo, Senadores dos EUA se armam
Os preços do petróleo caíram com a recuperação de outros ativos de risco, deixando os participantes concentrados em um nível alucinante de excesso de oferta no curto prazo. Às 9h06, os contratos futuros de petróleo dos EUA caíam 1,06%, para US$ 22,36, enquanto o Brent tinha queda de 2,51%, para US$ 25,68.
Além disso, o vice-ministro da Energia da Rússia foi citado pelos jornalistas como tendo dito que a Rússia acredita que um preço justo para o petróleo está entre US$ 45 e US$ 55 por barril. Isso está um pouco abaixo do nível que muitas empresas de petróleo ocidentais usaram para seus planejamentos nos últimos anos, e também abaixo do que muitos produtores de shale oil precisariam para ter equilíbrio, pelo menos no ambiente atual de altos custos de empréstimos.
Um grupo de senadores republicanos, representando principalmente os estados produtores de petróleo e gás natural, instou o governo a tomar medidas contra a Rússia e a Arábia Saudita por conduzir uma "guerra econômica" contra os EUA.