CHICAGO (Reuters) - Os estoques de soja dos Estados Unidos serão menores do que o previsto anteriormente, uma vez que a demanda para exportação norte-americana continua forte, mesmo com suprimentos recém-colhidos do Brasil e da Argentina disponíveis para compradores no exterior, disse o governo do país nesta sexta-feira.
Mas a oferta de milho foi estimada para ser maior do que as previsões anteriores, contrariando as expectativas do mercado de estoques mais apertados, já que o aumento dos preços esfriou a atividade de exportação.
O governo também elevou sua previsão para os estoques de trigo à medida que as perspectivas de colheita melhoraram.
A escassez de produtos agrícolas e os atrasos de embarques em todo o mundo contribuíram para o aumento da inflação de alimentos nos últimos meses. Os futuros de soja chegaram a um nível de sua máxima todos os tempos na quinta-feira.
Mas analistas disseram que as previsões do governo não fornecem nenhuma notícia altista que elevaria os preços, e todos os olhos estavam focados no desenvolvimento das safras dos EUA na esperança de que uma colheita abundante neste outono proporcionaria algum alívio ao balanço global já conturbado.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) reduziu sua perspectiva para os estoques finais de soja em 2021/22 para 205 milhões de bushels, ante 235 milhões. Para a safra 2022/23, a estimativa de estoques de soja foi reduzida de 310 milhões para 280 milhões.
Analistas esperavam que o relatório de oferta e demanda do USDA mostrasse estoques finais de soja de 218 milhões para 2021/22 e 307 milhões para 2022/23.
Os estoques finais de milho foram fixados em 1,485 bilhão de bushels para 2021/22 e 1,400 bilhão para 2022/23, com as perspectivas de exportação para o ano de comercialização de 2021/22 cortadas em 50 milhões de bushels para 2,450 bilhões de bushels.
O USDA projetou os estoques finais de trigo para 2022/23 em 627 milhões de bushels, um aumento de 6 milhões em relação ao mês anterior.
(Reportagem de Mark Weinraub)