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Dólar perde fôlego após superar R$5; riscos fiscais e perspectiva de juros nos EUA seguem no radar

Publicado 23.01.2024, 09:15
© Reuters. Notas de dólar
10/03/2023. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
USD/BRL
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passou a cair depois de mais cedo ter superado a marca psicológica de 5 reais, com investidores monitorando com maior pessimismo a perspectiva fiscal do Brasil, de olho ainda nas expectativas sobre cortes de juros nos Estados Unidos.

Às 10:00 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,51%, a 4,9626 reais na venda, depois de mais cedo ter chegado a avançar 0,30%, a 5,0030 reais na venda, superando os 5,00 pela primeira vez desde 1° de novembro do ano passado.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 10:00 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,56%, a 4,9675 reais.

Segundo participantes do mercado, a superação do patamar de 5 reais mais cedo --nível técnico importante-- pode ter chamado vendas por parte de agentes exportadores, levando a ajuste para baixo no dólar.

Além disso, dando suporte aos ativos brasileiros, os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta terça-feira, atingindo o nível mais alto em mais de uma semana, depois que autoridades da China prometeram estabilizar seus mercados.

O ambiente mais amplo, no entanto, era de cautela.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou em 4,9878 reais na venda, alta de 1,23%, depois que o plano de desenvolvimento do governo Lula para a indústria brasileira, que prevê 300 bilhões de reais em financiamentos até 2026, foi visto pelo mercado como um fator de risco para o equilíbrio fiscal.

"Isso fez com que o mercado encarasse esse plano como outros planos que aconteceram em governos anteriores, que geraram mais despesas e não tiveram o retorno esperado na melhora da atividade", disse à Reuters Rafael Meyer, gestor da Solutions MFO.

O governo tem como meta zerar o déficit primário este ano, mas tenta alcançar esse objetivo via aumento da arrecadação em vez de cortes de despesas, e tem enfrentado resistências no Congresso a projetos importantes, como a tentativa de reonerar gradualmente a folha de pagamento.

Depois de um 2023 amplamente positivo para o real, com queda de mais de 8% do dólar no período, o início do novo ano tem se mostrado difícil para o mercado de câmbio doméstico, em grande parte devido ao surgimento de dúvidas no mercado sobre quando o Federal Reserve poderá começar a cortar os juros.

"Houve algumas mudanças no começo deste ano referente a dados de inflação que vieram acima da expectativa do mercado, dados como o 'payroll' (relatório de criação de empregos dos EUA) que ainda surpreenderam para cima, mudando a visão por parte dos investidores de que os juros poderiam ser cortados em março", disse Meyer.

© Reuters. Notas de dólar
10/03/2023. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration

As expectativas dos operadores de um corte pelo Fed agora estão concentradas em maio, com uma probabilidade de 84% de redução de pelo menos 0,25 ponto percentual, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Quanto mais baixos os juros nos EUA, menos atraente fica o dólar em comparação com pares emergentes, que apesar de mais arriscados, oferecem rendimentos mais altos.

Nesse contexto, até agora em janeiro a moeda norte-americana salta cerca de 2% frente ao real, com pouca perspectiva de devolver esses ganhos até o final do mês. Isso contrasta bastante com o movimento visto em janeiro de 2023, quando o dólar havia caído quase 4% frente ao real, e no primeiro mês de 2022, quando havia perdido perto de 5%.

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