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Dólar avança em linha com exterior, mas falas de Haddad e Lira limitam perdas do real

Publicado 15.02.2023, 17:28
© Reuters.

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançou frente ao real nesta quarta-feira, refletindo salto da moeda norte-americana no exterior em meio a temores sobre o ciclo de alta de juros do Federal Reserve, mas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, ajudaram a limitar as perdas da divisa brasileira.

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,36%, a 5,2182 reais na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:07 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,45%, a 5,2265 reais.

Segundo participantes do mercado, esse movimento acompanhou a valorização da divisa norte-americana no exterior, onde um índice que compara o dólar a uma cesta de seis pares fortes avançava mais de 0,7% nesta tarde.

Dados desta terça-feira mostraram que as vendas no varejo dos Estados Unidos se recuperaram de forma acentuada em janeiro, após duas quedas mensais consecutivas, o que renovou temores de investidores de que o Federal Reserve precisará continuar elevando os juros de forma a esfriar a atividade econômica e conter a inflação. Mais cedo neste mês, uma forte leitura de criação de postos de trabalho referente a janeiro já havia alimentado esses receios.

"Janeiro foi um mês otimista por parte de investidores; os mercados melhoraram bastante, como se o Fed fosse terminar o ciclo de juros já agora ou com só mais uma alta, mas o mercado de emprego está muito aquecido e não está deixando o Fed finalizar o ciclo", disse à Reuters Luiz Osório Leão Filho, gestor de investimentos SOMMA, que espera pelo menos mais dois ajustes no juro pelo banco central norte-americano este ano.

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Quanto mais sobem os custos dos empréstimos nos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa norte-americano.

Apesar da força global do dólar, falas de autoridades brasileiras ajudaram a conter as perdas do real, que teve desempenho superior ao de vários pares arriscados durante a sessão. Dólar australiano, rand sul-africano e peso chileno, por exemplo, caíram mais de 1% no dia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que entende a ansiedade do mercado financeiro e que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará no mês que vem a proposta de um novo marco fiscal para o país, que será debatida com a sociedade.

Quanto antes vier a definição sobre o plano fiscal, "melhor", uma vez que isso abrirá espaço para os fundamentos econômicos do Brasil falarem mais alto, disse Leão Filho. Ele destacou que incertezas sobre o arcabouço das contas públicas e discussões sobre a meta de inflação do Brasil têm "gerado muito ruído no curto prazo" e que "o real deveria estar mais apreciado".

Já o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou nesta quarta-feira que não vê "nenhuma possibilidade" na mudança da independência do Banco Central no Congresso, após recentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à autarquia.

Lira também disse que Lula e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, saberão dialogar.

Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho (NYSE:MFG) no Brasil, disse que as "notícias estão ajudando a reduzir algumas das preocupações mais recentes dos investidores", citando tanto as declarações de Haddad quanto as de Lira.

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"O que deixa mais claro que há um componente doméstico no preço dos ativos no Brasil é o fato de a gente ver o Ibovespa descolado do movimento lá fora", disse Rostagno. O índice da bolsa paulista avançava 1,7% nesta tarde, enquanto as ações em Wall Street alternavam estabilidade e leves perdas.

Agora, o mercado fica à espera da primeira reunião no novo governo do Conselho Monetário Nacional (CMN), a quem cabe fixar as metas de inflação a serem perseguidas pelo BC, na quinta-feira. Haddad afirmou na terça-feira que a meta de inflação não está na pauta do encontro, depois de rumores de que Lula teria pedido que a meta de inflação, hoje em 3,25% para este ano, fosse aumentada em 1 ponto percentual.

 

(Reportagem adicional de André Romani)

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