Por Saqib Iqbal Ahmed e Amanda Cooper
NOVA YORK (Reuters) - O dólar oscilava próximo da máxima de duas semanas em relação ao euro nesta terça-feira, com os investidores se posicionando para uma semana repleta de dados, incluindo o relatório de empregos de agosto dos Estados Unidos na sexta-feira, que pode definir a trajetória dos cortes de juros do Federal Reserve.
O foco dos investidores nesta semana estará diretamente nos dados de criação de empregos fora do setor agrícola em agosto, depois que o chair do Fed, Jerome Powell, defendeu no mês passado o início dos cortes na taxa de juros nos EUA, em um sinal de preocupação com o esfriamento do mercado de trabalho do país.
Economistas ouvidos pela Reuters esperam a criação de 160.000 empregos nos EUA em agosto, acima das 114.000 vagas criadas em julho.
Antes disso, dados de vagas em aberto na quarta-feira e o relatório de pedidos de auxílio-desemprego na quinta-feira estarão no centro das atenções.
Um indicador do setor industrial dos EUA subiu no mês passado em relação ao menor patamar em oito meses registrado em julho, em meio à melhora no nível de emprego, mas a tendência geral continuou apontando para uma atividade fraca, segundo dados divulgados nesta terça-feira.
O euro era negociado a 1,1039 dólar, em queda de 0,30% no dia, depois de cair para uma mínima de duas semanas de 1,103375 no início da sessão.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,16%, a 101,820.
Os mercados estão precificando uma chance de 63% de um corte de 25 pontos-base quando o Fed se reunir em 17 e 18 de setembro, com uma probabilidade de 37% de uma redução de 50 pontos, segundo a ferramenta FedWatch da CME. Cerca de 100 pontos-base de cortes estão previstos para o ano todo.
O dólar tinha queda de 0,79% em relação ao iene, a 145,74, depois que a imprensa citou o presidente do Banco do Japão reiterando, em um documento apresentado a um painel do governo nesta terça-feira, que o banco central continuará elevando os juros se a economia e a inflação apresentarem o desempenho esperado atualmente pelas autoridades.
A moeda japonesa tem tido uma alta de 10% sobre o dólar nos últimos dois meses -- ajudado em parte pela intervenção das autoridades no mercado.