Investing.com - O dólar subiu gradualmente e manteve-se perto da nova máxima de 14 anos frente às principais moedas do mundo nesta quinta-feira, com dados sólidos dos EUA ainda impulsionando o otimismo sobre a força da economia.
O par EUR/USD recuou 0,19%, a 1,0761, muito próximo da mínima de 11 meses da quarta-feira, que registrou 1,0663.
O Ministério do Trabalho dos EUA afirmou que o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego da semana que acabou em 12 de novembro recuou 19.000, para 235.000, o menor nível desde 1973. Os analistas esperavam que os pedidos de seguro-desemprego tivessem acréscimo de 3.000, para 257.000, na semana passada.
Por sua vez, o Ministério do Comércio disse que o número de construções de novas casas saltou 25% em outubro, atingindo 1.323 milhões de unidades, enquanto que as licenças de construção avançaram 0,3%, para 1.229 milhões de unidades.
Os dados também evidenciaram que os preços ao consumidor nos EUA apresentou aumento de 0,4% em outubro, em consonância com as expectativas. No comparativo anual, os preços ao consumidor subiram 1,6% no mês passado, maior valor desde outubro de 2014.
Os dados favoráveis corroboraram com o otimismo sobre a força da economia americana e alimentaram mais as expectativas de aumento dos juros pelo Federal Reserve em dezembro.
Mais cedo no dia, a presidente do Fed, Janet Yellen, advertiu sobre o perigo de se esperar demais para apertar a política monetária.
Os comentários vêm um dia depois de o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, dizer que era a favor do aumento das taxas de juros, enquanto que a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que o Fed não pode adotar reações exageradas aos movimentos do mercado após o resultado chocante da corrida presidencial.
No Reino Unido, o par GBP/USD caiu 0,08%, a 1,2432, depois que o Office for National Statistics do país (órgão similar ao IBGE no Brasil) relatou que as vendas no varejo subiram 1,9% em outubro, frente a expectativas de alta de 0,4%.
No comparativo anual, as vendas no varejo saltaram 7,4% no mês passado, superando as expectativas de aumento de 5,3%.
O núcleo das vendas no varejo, que exclui vendas de automóveis e combustível, registrou alta de 2% em outubro.
O par USD/JPY obteve alta de 0,38%, a 109,50, um pouco abaixo da máxima de cinco meses de quarta-feira (109,76), enquanto que o par USD/CHF avançou 0,22%, a 1,0042.
O dólar australiano continuou em baixa, com o par AUD/USD em queda de 0,19%, a 0,7465 e o par NZD/USD estabilizando-se em 0,7071.
Na manhã desta quinta, o Departamento de Estatísticas da Austrália afirmou que o o número de cidadãos empregados subiu 9.800 em outubro, desapontando as estimativas de ganho de 20.000.
O relatório também mostrou que a taxa de desemprego do país permaneceu inalterada, a 5,6%, no mês passado, fato já esperado pelo mercado.
Já o par USD/CAD apresentou queda gradual de 0,13%, sendo negociado a 1,3427.
A moeda canadense relacionada a commodities conseguiu sustentação, com os preços do petróleo registrando saltos maiores nesta quarta-feira, deopis que o Ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, disse que acreditava que a Opep formalizaria um acordo de produção de petróleo.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mercado, apresentou alta de 0,17%, a 100,55, muito próximo do novo pico de 100,62 dos últimos 14 anos atingido mais cedo no pregão.