Dólar fecha com alta de quase 1% após Galípolo ser confirmado no comando do BC

Publicado 28.08.2024, 17:12
Atualizado 28.08.2024, 17:45
© Reuters. Notas de dólarnREUTERS/Sukree Sukplang

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta firme ante o real, próxima de 1%, puxada pelo avanço da moeda norte-americana no exterior em movimento ampliado no mercado doméstico durante a tarde pela confirmação de que Gabriel Galípolo será indicado pelo governo para a presidência do Banco Central.

O dólar à vista fechou em alta de 0,98%, cotado a 5,5565 reais. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 1,76%.

Às 17h04, na B3 (BVMF:B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,89%, a 5,5580 reais na venda.

A moeda norte-americana engatou ganhos ante o real desde o início da sessão, acompanhando o avanço da divisa dos EUA ante outras moedas no exterior, incluindo as de países emergentes. Por trás disso estava um movimento de recomposição de posições em dólar no exterior e a cautela antes da divulgação de dados importantes da economia dos EUA no restante da semana.

Durante a tarde, porém, o dólar acelerou os ganhos ante o real, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar que Galípolo será indicado para a presidência do BC, em substituição a Roberto Campos Neto a partir de 2025.

Atualmente diretor de Política Monetária do BC, Galípolo precisará passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ser aprovado pelo plenário da Casa, que fará um esforço concentrado de votações na primeira semana de setembro, em meio às campanhas eleitorais.

A indicação de Galípolo para o comando do BC já era largamente esperada pelo mercado, mas após a confirmação trazida por Haddad as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) renovaram os picos do dia.

Termômetro do nervosismo do mercado, o dólar também acelerou ante o real. A moeda à vista atingiu a cotação máxima de 5,5656 reais (+1,14%) às 16h38, já na reta final dos negócios e repercutindo o anúncio sobre Galípolo.

Na sequência, a divisa perdeu um pouco de força, mas ainda assim encerrou o dia com alta firme ante o real, que perdia mais do que vários pares no exterior.

Às 17h11, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- subia 0,51%, a 101,110.

Pela manhã, o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a falar sobre a lógica de atuações da instituição no mercado de câmbio. Segundo ele, o fato de o câmbio no Brasil ser flutuante não significa que o BC nunca fará intervenções no mercado. Porém, as intervenções são feitas apenas em caso de disfuncionalidades.

“Chegamos muito perto de fazer intervenção cambial em alguns momentos”, reconheceu Campos Neto.

Mais cedo nesta quarta-feira o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024.

À tarde o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 3,534 bilhões de dólares em agosto até o dia 23, com saídas líquidas de 4,029 bilhões de dólares pela via financeira e entradas de 494 milhões de dólares pelo canal comercial.

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