Investing.com - O dólar oscilou perto de uma nova máxima de 14 anos frente a algumas das principais moedas do mundo nesta quarta-feira, após a divulgação de dados diversos nos EUA não conseguirem enfraquecer o otimismo com a força da economia.
A Universidade de Michigan afirmou que o índice de confiança do consumidor atingiu 93,8 em novembro, frente a 91,6 no mês passado, anulando as expectativas de número inalterado.
Além disso, o Ministério do Comércio dos Estados Unidos declarou que as vendas de bens duráveis aumentaram 4,8% no mês anterior, número comparado às estimativas de alta de 1,5%.
O núcleo de vendas de bens duráveis, que exclui itens de transporte voláteis, avançou 1%, superando a previsão de alta de 0,2%.
Em um ponto de vista menos positivo, o Ministério do Trabalho dos EUA afirmou que os pedidos de seguro-desemprego, na semana que terminou no dia 19 de novembro, apresentaram alta de 18.000, fechando em 251.000, frente a um total de 233.000 (inicialmente 235.000) da semana anterior. Os analistas esperavam que os pedidos de seguro-desemprego exibissem acréscimo de 15.000, com total de 250.000, na semana passada.
Outro relatório mostrou que as vendas de imóveis residenciais nos EUA registrou queda de 1,9%, totalizando 563.000 unidades vendidas no último mês, desapontando as expectativas de alta de 0,3%.
A moeda americana permanece com fôlego em meio a expectativas de que os planos de aumentar os gastos fiscais e cortar impostos do presidente eleito, Donald Trump, estimularão o crescimento econômico e a inflação.
O crescimento mais acelerado geraria inflação, o que, por consequência, faria o Fed endurecer a política monetária com mais velocidade do que o esperado.
O dólar americano também foi impulsionado pelas apostas de que o banco central americano quase com certeza elevará os juros no próximo mês.
Janet Yellen, presidente do Fed, reiterou na quinta-feira que uma alta das taxas "poderia muito bem ser apropriada relativamente em breve".
O par EUR/USD caiu 0,81%, atingindo nova mínima dos últimos 11 meses, a 1,0537.
Mais cedo, o grupo de pesquisa Markit relatou que o índice de atividade dos gerentes de compras composto da zona do euro (PMI, na sigla em inglês), que mede a produtividade combinada dos setores de produção e de serviços, subiu para 54,1 em novembro, frente a 53,3 do mês anterior, fechando acima da projeção de não alteração.
O índice de atividade dos gerentes de compras industrial da Alemanha recuou para 54,9 neste mês, partindo de 55, enquanto que o índice de atividades dos gerentes de compras do setor de serviços atingiu a máxima de seis meses de 55, partindo de 54,2.
A Markit ainda afirmou que o PMI industrial francês alcançou o menor nível dos últimos 2 meses, em 51,5, para novembro, partindo de 51,8 do mês anterior, enquanto que o PMI de serviços do país saltou para a máxima de dois meses, fechando a 52,6, partindo do dado anterior de 51,4.
No resto do mundo, o par GBP/USD caiu 0,27%, para 1,2390.
O par USD/JPY avançou 1,43%, atingindo a máxima de 8 meses, com 112,78, enquanto que o par USD/CHF avançou de 0,56%, a 1,0171.
Os dólares australiano e neozelandês apresentaram resultados mais fracos, com o par AUD/USD registrando queda de 0,08%, a 0,7396, e o par NZD/USD retraindo 0,79%, sendo negociado a 0,7006.
Já o par USD/CAD apresentou alta de 0,28%, operando a 1,3478.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada do mercado das seis principais moedas, apresentou alta de 0,81%, alcançando 101,91, maior valor dos últimos 14 anos.