Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar registrava a segunda sessão seguida de queda contra o real nesta terça-feira, caminhando de volta aos 4,20 reais depois de quase tocar 4,29 na semana passada, com os investidores menos apreensivos em relação ao surto de coronavírus na China.
Às 10:15, o dólar recuava 0,47%, a 4,2290 reais na venda. O contrato mais líquido de dólar futuro caía 0,46% neste pregão, a 4,234 reais.
Na segunda-feira, o dólar à vista caiu 0,86%, a 4,24875 reais na venda, maior queda percentual desde 30 de dezembro, depois de bater a máxima recorde de 4,2858 no final da semana passada.
"Hoje o mercado busca respirar e corrigir as perdas acumuladas recentes", disse Ricardo Gomes da Silva Filho, analista de câmbio da Correparti Corretora. "O mercado abriu bem positivo, na sequência de ontem, depois de dias ruins devido aos temores sobre o coronavírus", completou.
A China concordou em permitir que especialistas de saúde norte-americanos entrem no país como parte das iniciativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a epidemia de coronavírus, o que aliviava temores dos investidores sobre a capacidade das autoridades em conter o surto, elevando o apetite por risco.
No exterior, as apostas arriscadas se destacavam, com o dólar perdendo contra peso mexicano, lira turca, rand sul-africano, iuan chinês e dólar australiano. Por outro lado, a divisa norte-americana ganhava contra moedas consideradas refúgios em tempos de estresse financeiro ou geopolítico, como o iene japonês.
No Brasil, chamava a atenção dos investidores ainda a reunião de política monetária do Copom, que começa nesta terça-feira com amplas expectativas de corte da Selic em 0,25%, a nova mínima histórica.
Entre 11h30 e 11h40 desta terça-feira, o Banco Central ofertará até 13 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento abril de 2020.