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Dólar recua após dados do IPCA e em meio à apetite por risco no exterior

Publicado 09.08.2024, 09:19
Atualizado 09.08.2024, 09:50
© Reuters. Nota de 100 dólaresn17/12/2009 REUTERS/Sam Mircovich
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Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista recuava frente ao real nesta sexta-feira, ampliando as perdas da véspera e próximo de uma queda de 1%, à medida que investidores analisavam dados do IPCA, que vieram um pouco acima do esperado, e repercutiam a recuperação na busca por ativos de risco no exterior.

Às 9h33, o dólar à vista caía 0,95%, a 5,5207 reais na venda. Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,07%, a 5,553 reais na venda.

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Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em queda de 0,89%, cotado a 5,5737 reais.

Nesta manhã, o IBGE informou que o IPCA acelerou sua alta para 0,38% em julho na base mensal, ante 0,21% no mês anterior, em resultado ligeiramente acima do esperado por economistas.

Em pesquisa da Reuters, analistas projetavam uma alta de 0,35% sobre o mês anterior. Em 12 meses, o IPCA chegou a 4,50%, de 4,23% em junho.

Entre as razões para a aceleração dos preços ao consumidor em julho esteve a gasolina, que subiu 3,15%, e as passagens aéreas, com salto de 19,39% no mês de férias escolares. As tarifas de energia elétrica aumentaram 1,93%, com a entrada em vigor da bandeira amarela, que impõe custo adicional aos consumidores.

Com isso, a inflação ao consumidor atingiu o teto da banda da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. A autarquia tem como meta para este e os próximos anos uma inflação de 3%, com uma margem permitida de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O resultado, portanto, deve fomentar as crescentes expectativas dos agentes financeiros por uma alta da Selic, agora em 10,50% ao ano, em breve -- o que, em tese, é positivo para o real, pois torna o país atrativo para operações de "carry trade" com a moeda brasileira.

Na ata de sua última reunião na semana passada, quando mantiveram a taxa de juros inalterada pelo segundo encontro consecutivo, as autoridades do BC indicaram que não hesitarão em elevar a Selic em prol da convergência da inflação caso julguem apropriado.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou na quinta-feira durante um evento que toda a diretoria da instituição está disposta a fazer o que for necessário para perseguir a meta de inflação.

A expectativa por novo aperto monetário podia ser vista na curva de juros. A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 -- que reflete a política monetária no curtíssimo prazo -- estava em 10,775%, ante 10,725% do ajuste anterior

No cenário externo, a busca por ativos de maior risco continuava sua recuperação após a redução dos temores dos mercados com uma recessão nos Estados Unidos, motivada por dados de pedidos de auxílio-desemprego melhores do que o esperado na véspera.

No início da semana, a aversão ao risco predominou nas negociações devido a dados ruins do mercado de trabalho norte-americano na semana passada, o que prejudicou ações e moedas de países emergentes.

Mas novas amostras mais positivas de dados econômicos e falas apaziguadoras de autoridades de bancos centrais ao longo da semana têm eliminado gradualmente o pessimismo dos investidores, permitindo um retorno a ativos de risco.

Dessa forma, a moeda norte-americana recuava frente a divisas emergentes para além do real, com quedas ante o rand sul-africano e o peso chileno.

"O mês que começou turbulento, levando uma forte pressão não só para o real, mas para todas as moedas emergentes, tende a encerrar a semana no campo positivo quando comparada à moeda americana, impulsionado em grande parte pelo apetite a ativos de risco após dados americanos", disse Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

© Reuters. Nota de 100 dólares
17/12/2009 REUTERS/Sam Mircovich

Outro fator para a desvalorização do real, a recuperação do iene continuava a perder força nesta sessão, após acumularem ganhos contra o dólar em meio a perspectiva de aumentos de juros pelo Banco do Japão, provocando a reversão de operações de "carry trades" com a moeda japonesa.

O dólar tinha queda de 0,43% em relação ao iene, a 146,64.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,08%, a 103,200.

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