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Dólar sai de máximas contra real; mercado monitora protestos de servidores

Publicado 18.01.2022, 09:11
© Reuters. Pedestre passa em frente a casa de câmbio em São Paulo
05/02/2020
REUTERS/Rahel Patrasso
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar passou a cair nesta terça-feira, saindo de máximas acima de 5,55 reais alcançadas mais cedo, em meio a receios domésticos sobre protestos de servidores públicos e à força da moeda norte-americana no exterior.

Às 11:18 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,17%, a 5,5176 reais na venda, depois de avançar 0,45% na máxima do dia, a 5,5521 reais na venda. Na mínima, a divisa caiu 0,40%, a 5,5052 reais.

Na B3 (SA:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,03%, a 5,5335 reais.

Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, disse à Reuters não ver notícias específicas como responsáveis por essa movimentação, caracterizando a baixa do dólar à vista como um "fluxo de entrada" pontual, apesar da cautela em relação a protestos do funcionalismo.

Com o prazo para sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente Jair Bolsonaro perto do fim, várias categorias de servidores públicos federais promovem nesta terça-feira manifestações nas ruas de Brasília e paralisação de atividades, em movimento para pressionar o governo a liberar reajustes salariais.

Os atos somam-se ao movimento de carreiras que estão entregando cargos de chefia e limitando a prestação de serviços.

"Temos argumentado aqui que esse é o risco fiscal mais importante no curto prazo", disseram especialistas da XP (SA:XPBR31) em nota matinal. "Cada 1 ponto percentual de aumento salarial representa 3 bilhões de reais em despesas obrigatórias adicionais no próximo ano."

O receio dos mercados é de que eventuais aumentos salariais abalem ainda mais a credibilidade fiscal do país, chacoalhada no ano passado pela promulgação da PEC dos Precatórios, que alterou a regra do teto de gastos para permitir o financiamento de mais despesas do governo.

Enquanto isso, no exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de seis rivais fortes subia 0,3% nesta terça-feira, refletindo a alta nos rendimentos dos Treasuries, os títulos soberanos norte-americanos.

A taxa de dez anos --referência global para decisões de investimento-- chegou a tocar uma máxima em dois anos mais cedo, e era negociada confortavelmente acima do patamar de 1,8%.

Já o rendimento do Treasury de dois anos, que reflete expectativas de curto prazo para os juros básicos nos EUA, superou 1% pela primeira vez desde fevereiro de 2020 nesta terça-feira.

Essa movimentação refletia, segundo participantes do mercado, aumento nas apostas de que o banco central norte-americano será mais duro no combate à inflação ao longo de 2022. Contratos futuros de juros precificam quatro elevações nos custos dos empréstimos neste ano na maior economia do mundo, com início desse ciclo já em março.

© Reuters. Pedestre passa em frente a casa de câmbio em São Paulo
05/02/2020
REUTERS/Rahel Patrasso

Juros mais altos nos EUA tendem a tornar a renda fixa de mercados emergentes --com maior rendimento, porém mais arriscada-- menos atraente para investidores estrangeiros.

O dólar spot fechou a última sessão em alta de 0,26%, a 5,5271 reais.

(Edição de José de Castro)

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