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Dólar tem viés de alta após dado de emprego dos EUA reforçar expectativa de Fed agressivo

Publicado 07.10.2022, 09:09
Atualizado 07.10.2022, 10:40
© Reuters. Nota de dólar
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava frente ao real nesta sexta-feira, embora mostrasse alguma volatilidade, depois que dados de emprego dos Estados Unidos ligeiramente mais fortes do que o esperado reforçaram a perspectiva de uma trajetória agressiva de aperto monetário por parte do Federal Reserve, o banco central norte-americano.

A maior economia do mundo abriu 263 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, disse o Departamento do Trabalho dos EUA, enquanto a taxa de desemprego caiu para 3,5%. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 250 mil postos de trabalho e manutenção do nível de desocupação em 3,7% em setembro.

Às 10:23 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,18%, a 5,2195 reais na venda, com claro viés de alta, embora tenha mostrado momentos de instabilidade na esteira dos dados norte-americanos. No pico do dia, a moeda norte-americana subiu 0,83%, a 5,2537 reais

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 10:23 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,10%, a 5,2430 reais.

LEIA MAIS: Payroll de setembro vem acima do esperado e futuros dos índices dos EUA desabam

"Em conjunto, o dado de hoje mostra que o mercado de trabalho americano segue muito apertado, e deve pressionar o Fed a manter sua política de contração monetária mais agressiva, a fim de garantir que a economia dos EUA volte para uma trajetória mais sustentável (de inflação)", disse Nicole Kretzmann, economista-chefe da Upon Global Capital.

Na esteira do relatório de emprego, operadores de futuros vinculados à taxa básica de juros do Federal Reserve elevaram as apostas de que o banco central realizará um quarto aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual nos custos dos empréstimos no mês que vem, o que elevaria seu aperto total desde março deste ano para 3,75 pontos.

CONFIRA: Monitor da taxa de juros do Federal Reserve

"Aumentando os juros (nos EUA), como os títulos americanos são considerados de zero risco, muitos investidores direcionam grande parte do capital pra lá, já que o rendimento vai ser maior correndo risco praticamente zero", o que tende a favorecer o dólar globalmente, disse à Reuters Lucas Carvalho, analista-chefe da Toro Investimentos. "A tendência é ter um dólar um pouco mais valorizado em relação à nossa moeda."

Os rendimentos do título norte-americano de dez anos --referência para investimentos-- tinha forte alta nesta manhã, sendo negociados acima de 3,9%.

Já um índice do dólar frente a uma cesta de moedas fortes subia 0,14% no dia. Alguns investidores disseram que essa valorização tímida pode ser reflexo de desaceleração no avanço anual dos salários da população norte-americana, que jogaria a favor de certo alívio inflacionário, embora a visão geral ainda fosse de aperto do mercado de trabalho, manutenção do aperto do Fed e consequente força global do dólar.

O Brasil não deve escapar da valorização da divisa dos EUA à frente, mas o real pode ter suas perdas limitadas por alguns fatores domésticos positivos, disse Carvalho, da Toro.

© Reuters. Nota de dólar
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração

"De um aspecto macroeconômico, a nossa arrecadação federal tem vindo acima do esperado, os indicadores econômicos também têm vindo acima da expectativa, a gente fez um processo de aumento de juros na frente de praticamente todo mundo... então a economia brasileira está muito bem, muito forte, principalmente num comparativo com outras economias."

Ele também citou a reação positiva dos mercados financeiros ao resultado do primeiro turno das eleições, no domingo passado, após a formação de um Congresso mais alinhado a pautas liberais, embora tenha alertado para a possibilidade de picos de volatilidade à medida que a segunda rodada do pleito presidencial se aproxima.

Apesar do salto desta sessão, o dólar estava a caminho de registrar queda de cerca de 3% em relação ao fechamento da última sexta-feira, depois de tombar mais de 4% nos primeiros dois pregões da semana em resposta ao resultado das eleições.

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