*Atualizado às 10h07
Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A economia dos EUA criou 263 mil empregos não-agrícolas em setembro, segundo informou o relatório de empregos não-agrícolas - Payroll - do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 07, acima do esperado. A previsão dos economistas era uma adição de 250 mil empregos no período. O resultado, porém, ficou abaixo dos números prévios de 315 mil novos empregos.
A taxa de desemprego ficou em 3,5% da força de trabalho, abaixo dos 3,7% esperados e do mês anterior. Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA caiu para 62,3%, contra 62,4% anteriormente.
Já o salário médio por hora no mês passado ficou em 5,0%, menor que 5,1% esperados pelo mercado e que os 5,2% prévios.
Os contratos futuros do Dow Jones e do S&P 500 operavam em alta antes da divulgação do dado. Em seguida, passaram a cair: Dow Jones Futuros recuando 0,45%, S&P 500 Futuros caindo 0,82% e Nasdaq 100 Futuros desabando 1,34%.
O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA subia para 3,862%.
O dólar no Brasil passou a subir. Ante com leve queda cotado a R$ 5,20, a moeda americana passou a subir 0,12% a R$ 5,2280. Já o Ibovespa Futuros diminuiu os ganhos, com alta de 0,35%.
Para o analista Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, apesar de um pouco mais alto, o resultado da criação de empregos veio dentro do esperado. A surpresa do conjunto de dados ficou com o recuo taxa de desemprego, que junto com a taxa de participação, reforça a força da economia americana.
"Para política monetária a implicação é clara que não tem motivos para se preocupar com a meta referente ao emprego e mirar exclusivamente no combate inflacionário. Mantivemos assim nossa perspectiva de que a Fed Funds Rate será conduzida ao intervalo de 4,50%-4,75%, com elevações consecutivas de 75bps, 50bps e 25bps", afirma Sanchez.