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Dólar tem leve alta no Brasil em dia de busca global por segurança

Publicado 26.08.2024, 17:07
© Reuters. Notas de reais e de dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiron10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a segunda-feira em leve alta ante o real, ainda abaixo dos 5,50 reais, influenciado por um lado pelo exterior, onde houve certa procura por segurança após o aumento das tensões no Oriente Médio, e por outro pela perspectiva de que o Banco Central vá subir a taxa Selic em setembro.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,24%, cotado a 5,4928 reais. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,88%.

Às 17h11, Na B3 (BVMF:B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,24%, a 5,4930 reais na venda.

A sessão começou com os ativos ainda repercutindo as declarações de sexta-feira do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em defesa do início dos cortes de juros nos Estados Unidos, o que trazia um viés de baixa para as cotações do dólar.

Por outro lado, o aumento das tensões no Oriente Médio, após o Hezbollah lançar centenas de foguetes e drones contra Israel no domingo, trouxe cautela para os negócios em todo o mundo -- ainda que as reações mais intensas tenham sido vistas nos preços internacionais do petróleo, que tiveram altas firmes.

A busca por ativos de maior segurança, como o dólar, fez as cotações da moeda norte-americana subirem ante a maior parte das divisas de emergentes. No Brasil, após registrar a cotação mínima de 5,4735 reais (-0,11%) às 9h34, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,5145 reais (+0,64%) às 12h18.

No entanto, a moeda norte-americana não se sustentou acima dos 5,50 reais, retornando para perto da estabilidade.

Operador ouvido pela Reuters ponderou que a perspectiva de que o BC vá subir a taxa Selic, hoje em 10,50% ao ano, no próximo mês, ao mesmo tempo em que o Fed iniciará o processo de corte de juros, têm segurado a taxa de câmbio.

© Reuters. Notas de reais e de dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

Segundo ele, como o diferencial de juros se tornará mais favorável ao Brasil, permitindo a atração de investimentos e a queda das cotações, ficou “muito caro” para os investidores montar novas posições compradas (no sentido de alta do dólar).

O mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros) seguiu precificando nesta segunda-feira mais de 90% de probabilidade de o BC subir a Selic no mês que vem.

No exterior, em meio à busca por segurança, às 17h11 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,23%, a 100,890.

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