Dólar tem leve baixa com dados e incerteza comercial em foco

Publicado 24.02.2025, 09:14
Atualizado 24.02.2025, 10:15
© Reuters.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nesta segunda-feira, devolvendo parte dos ganhos da semana passada, à medida que investidores se voltam para uma semana repleta de dados econômicos, enquanto aguardam novas notícias sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Às 10h00, o dólar à vista caía 0,31%, a R$5,7125 na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,27%, a R$5,724 na venda.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$5,7304. Na semana, a moeda acumulou ganho de 0,58%, interrompendo sete semanas consecutivas de perdas semanais.

O real tinha um desempenho um pouco melhor que seus pares emergentes nesta sessão, com o peso mexicano e o rand sul-africano rondando a estabilidade frente ao dólar.

A semana será repleta de possíveis impulsionadores para as negociações, com dados econômicos no Brasil e nos EUA e a perspectiva de novas notícias sobre as tarifas de Trump e as discussões pelo fim da guerra na Ucrânia, que completa três anos nesta segunda-feira.

Na agenda brasileira, o destaque será a divulgação do IPCA-15 de fevereiro, na terça-feira, à medida que os investidores buscam indícios sobre a trajetória da inflação do país neste ano.

Mais cedo, analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação mais alta ao fim deste ano e do próximo, de acordo com a pesquisa Focus.

O levantamento mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,65% ao fim deste ano, de 5,60% na pesquisa anterior, no que foi a 19ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,40%, de 4,35% anteriormente.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Nos EUA, agentes financeiros se posicionam para o relatório do índice PCE de janeiro -- o indicador preferido de inflação do Federal Reserve --, a ser divulgado na sexta-feira.

Dados mais fortes do que o esperado para a inflação ao consumidor dos EUA em janeiro fizeram operadores reduzirem suas apostas de cortes na taxa de juros pelo Fed, o que se reverteu nas sessões recentes após uma série de números fracos para a maior economia do mundo.

Operadores precificam um corte de juros pelo Fed até julho e uma chance elevada de outra redução ainda neste ano.

"O dólar está patinando no nível de 5,70... IPCA pode dar um direcionamento junto com os dados de preços dos EUA", disse Willian Andrade, CIO da gestora Kaya Asset Management.

Em relação ao noticiário internacional, o foco continua em torno das ameaças tarifárias do presidente dos EUA, que já realizou uma série de anúncios sobre o tema, mas tem apenas uma medida -- tarifa de 10% sobre produtos chineses -- que já entrou em vigor.

Os mercados ainda demonstram otimismo por um acordo que encerre o conflito na Ucrânia, que tem sido uma fonte crescente de volatilidade para as negociações nos três anos desde a invasão russa.

No mais recente acontecimento da guerra, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse no domingo que está disposto a abrir mão de seu cargo se isso significar a paz em seu país.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,08%, a 106,630.

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