Dólar tem pouca alteração frente ao real com inflação e Fed em foco

Publicado 10.07.2023, 09:20
Atualizado 10.07.2023, 10:57
© Reuters. Cédulas de dólares
03/11/2009
REUTERS/Rick Wilking

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar tinha pouca alteração frente ao real nesta segunda-feira, com o mercado digerindo dados de inflação fracos da China e aguardando falas de dirigentes do Federal Reserve e dados de preços ao consumidor dos Estados Unidos mais tarde nesta semana.

Às 10:46 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,16%, a 4,8729 reais na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 10:46 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,05%, a 4,8920 reais.

Os preços ao produtor da China caíram em seu ritmo mais rápido em mais de sete anos em junho, enquanto os preços ao consumidor arrefeceram até ficar à beira da deflação, mostraram dados nesta segunda-feira.

"Trata-se de mais um indicativo da fraqueza da economia chinesa", disse a XP (BVMF:XPBR31) em nota sobre os dados, embora tenha ponderado que os números podem gerar "expectativa de anúncio de mais estímulos pelo governo" chinês.

Enquanto isso, havia "certa cautela reinando antes de uma semana com dados chave de inflação nos EUA", disse a Guide Investimentos em relatório a clientes.

O relatório de índice de preços ao consumidor dos EUA referente a junho será publicado na quarta-feira, e será seguido na quinta dos dados de inflação ao produtor.

Segundo operadores, o mercado também ficará de olho ao longo da semana em falas de autoridades do Fed, que podem oferecer mais pistas sobre os próximos passos de política monetária do banco central. Recentemente, alguns membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) reforçaram a visão de que os juros básicos norte-americanos serão elevados em 0,25 ponto percentual mais duas vezes este ano.

A Guide também chamou a atenção para dados de inflação brasileiros como um dos destaques da semana. O IBGE divulgará na terça-feira o resultado do IPCA de junho, com expectativa de queda de 0,10% na base mensal e alta em 12 meses de 3,20%, segundo economistas consultados pela Reuters.

O mercado doméstico tem reagido bem a sinais de arrefecimento da inflação, que podem permitir que o Banco Central comece a cortar a taxa Selic, atualmente em 13,75%, já em agosto.

Embora o real tenda a se beneficiar de juros altos, parte dos investidores acredita que os custos dos empréstimos seguirão em nível favorável à rentabilidade da divisa local mesmo que a autarquia comece a afrouxar a política monetária. Além disso, economistas têm pontuado que juros mais baixos podem beneficiar o crescimento econômico num prazo mais longo, o que pode estimular investimentos no Brasil.

A cena doméstica também tem sido apoiada pelo avanço de pautas econômicas no Congresso, depois que a Câmara concluiu na sexta-feira a votação da reforma tributária e aprovou o projeto de lei que recria o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ainda que tenha adiado para agosto a análise do novo marco fiscal.

O dólar à vista fechou a última sexta-feira cotado a 4,8650 reais na venda, com baixa de 1,32%, maior recuo percentual em um único dia desde 27 de abril, quando havia caído 1,56%.

(Edição de Letícia Fucuchima)

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