Dólar tem volatilidade e passa a recuar depois de flertar com R$4,92

Publicado 09.06.2022, 13:11
Atualizado 09.06.2022, 13:16
© Reuters. Notas de dólares
02/08/2011
REUTERS/Yuriko Nakao

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar mostrava volatilidade nesta quinta-feira, oscilando entre estabilidade e leve queda depois de mais cedo chegar a flertar com a marca de 4,92 reais, com investidores tentando digerir fatores que vão da sinalização de alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) à leitura mais fraca que o esperado do IPCA de maio.

Às 13:01 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,10%, a 4,8856 reais na venda, depois de trocar de sinal várias vezes ao longo da manhã. A moeda foi de 4,8656 reais na cotação mínima do dia, queda de 0,51%, para 4,9180 reais na máxima, alta de 0,56%.

Na B3 (SA:B3SA3), às 13:01 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,28%, a 4,9175 reais.

"O dólar comercial opera exibindo forte volatilidade nessas primeiras horas de negócios", comentou Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora. Ele disse que os maiores patamares do dólar contra o real no dia foram alcançados com impulso do exterior, onde o índice da moeda norte-americana avançava 0,4%.

O dólar havia sido pressionado mais cedo pela sinalização do Banco Central Europeu de que adotará uma série de aumentos dos juros a partir de julho. No entanto, alertas da instituição sobre o crescimento acabaram abrindo espaço para recuperação da moeda norte-americana tanto contra divisas fortes quanto contra emergentes.

A expectativa pela divulgação, na sexta-feira, de dados de inflação norte-americanos colaborava para a volatilidade no dia. Caso a leitura mostre aceleração da alta dos preços na maior economia do mundo, podem crescer as apostas num posicionamento mais agressivo por parte do Federal Reserve, banco central do país.

Enquanto isso, participantes do mercado reagiam à notícia de arrefecimento mais intenso do que o esperado na inflação doméstica. O IBGE informou nesta quinta-feira que o IPCA desacelerou a alta a 0,47% em maio, de 1,06% em abril, marcando a taxa mensal mais baixa desde abril de 2021 (+0,31%).

O alívio na inflação foi recebido como boa notícia por vários participantes do mercado --que por meses foram surpreendidos com avanços mais fortes que o esperado nos preços ao consumidor, que tendem a prejudicar o poder de compra da população. Por outro lado, a leitura de maio reforça a perspectiva de que o Banco Central encerrará seu ciclo de aperto de juros neste mês.

Quanto mais alta a Selic, mais atraente tende a ficar o real para investidores que utilizam estratégias de "carry trade", que buscam lucrar com a compra de moedas de retornos elevados.

A taxa está atualmente em 12,75% ao ano.

 

(Por Luana Maria Benedito)

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