Dólar volta a defender suporte técnico e fecha em alta na véspera de votação da Previdência

Publicado 21.10.2019, 17:56
Dólar volta a defender suporte técnico e fecha em alta na véspera de votação da Previdência

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira, mas longe das máximas do dia, com investidores à espera da votação final da reforma da Previdência no Senado, para a qual há ampla expectativa de aprovação.

O dia foi de dólar com alguma valorização ante outras divisas, enquanto moedas da América Latina estiveram entre as de pior desempenho, puxadas pelo tombo de 2% do peso chileno diante de violentos protestos no país.

O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, a 4,1305 reais na venda. Na máxima, alcançada por volta de 14h30, a cotação foi a 4,1530 reais na venda (+0,82%).

Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez tinha ganho de 0,44% por volta de 17h28, para 4,1350 reais.

O dólar voltou a defender o suporte da média móvel linear de 50 dias, em torno de 4,11 reais. Apenas neste mês a cotação ameaçou esse ponto técnico em três ocasiões (dias 4, 11 e 18), mas sem rompê-lo de forma consistente. Na sexta-feira, o dólar terminou em 4,1193 reais na venda.

Para além de temas externos --centrados na guerra comercial EUA-China e nas questões relacionadas ao Brexit--, investidores operaram nesta sessão à espera da votação em segundo turno da reforma da Previdência no Senado, prevista para terça-feira.

"Existe um consenso de que a proposta será aprovada, sem mudanças. Mas todo cuidado é pouco", disse José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.

O mercado correlaciona a agenda de reformas à perspectiva de crescimento da economia, elemento visto como importante para alguma estabilização ou mesmo recuperação da taxa de câmbio.

Na pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado prevê dólar em 4,00 reais tanto para o fim de 2019 quanto de 2020, com a moeda se estabilizando conforme a economia acelera o crescimento de 0,88% em 2019 para 2,00% no ano que vem.

O Itaú Unibanco, contudo, vê algum alívio para a taxa de câmbio no curto prazo, com o dólar devendo cair para 3,90 reais. Segundo o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, que é ex-diretor do BC, a depreciação do real não deverá ser contínua, e isso seguirá limitando o repasse da desvalorização cambial à inflação, abrindo espaço para mais cortes de juros.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.