Investing.com - O dólar caía à mínima de mais de duas semanas frente a outras importantes moedas nesta sexta-feira após a divulgação de dados negativos dos EUA ter reduzido o otimismo com a força da economia e ter alimentado incertezas sobre um possível aumento dos juros antes do fim do ano.
A moeda dos EUA foi abalada após o Departamento de Comércio dos EUA afirmar que os preços ao consumidor subiram menos do que o esperado em setembro, tanto em base mensal quanto em base anual.
Outro relatório também mostrou que as vendas no varejo dos EUA também subiram menos do que os analistas esperavam no último mês. Entretanto, a leitura do núcleo superou expectativas do mercado.
Os relatórios foram divulgados após as atas da reunião de política monetária de setembro do Federal Reserve mostrarem que os decisores da instituição permaneceram divididos em relação à inflação.
Alguns temem que um aumento menor do que o esperado na inflação do EUA possa fazer com que o Fed não aumente as taxas de juros em dezembro.
O par EUR/USD avançava 0,34% para 1,1831, aproximando-se de 1,1880, pico de duas semanas atingido na quinta-feira, ao passo que o par GBP/USD subia 0,41% e era negociado a 1,3317, nova máxima de duas semanas.
A libra foi impulsionada devido a notícias do jornal alemão Handelsblatt na quinta-feira, que afirmavam que o Reino Unido poderia permanecer na União Europeia por mais dois anos.
O jornal apontou que a oferta da União Europeia está vinculada ao Reino Unido cumprir todas as obrigações como país membro, mas renunciar aos direitos de voto.
A libra inicialmente caiu após Michel Barnier, negociador-chefe da União Europeia, anunciar na quinta-feira que as negociações do Brexit estavam em um "impasse".
Enquanto isso, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, reiterou em um discurso na quinta-feira que a compra de ativos do BCE continuaria até que os membros da instituição vissem uma melhora sustentável na perspectiva de inflação.
Draghi acrescentou que as taxas de juros permaneceriam em níveis atuais "muito além" do momento em que o banco central deixar de comprar ativos.
Além disso, o par USD/JPY recuava 0,50% para 111,71, ao passo que o par USD/CHF caía 0,40% para 0,9715.
O dólar australiano e o dólar neozelandês estavam mais fortes, com o par AUD/USD em alta de 0,81%, negociado a 0,7883, e o par NZD/USD subindo 0,74%, negociado a 0,7180, após dados divulgados mais cedo mostrarem que as importações da China subiram 18,7% no mês passado, superando expectativas, ao passo que as exportações tiveram aumento menor do que o esperado, 8,1%.
A China é o principal parceiro de exportação da Austrália e o segundo maior parceiro exportador da Nova Zelândia.
O dólar canadense subia, com o par USD/CAD recuando 0,17% para 1,2457.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,38% para 92,60 às 09h40, menor nível desde 26 de setembro.