Investing.com - A libra chegou à mínima do dia nesta segunda-feira após dados mostrarem que o crescimento do setor industrial no Reino Unido desacelerou no último mês com a inflação crescente abalando a demanda dos consumidores.
O par GBP/USD caía 0,38% para 1,2500 às 6h13 (horário de Brasília); mais cedo, era cotado a 1,2532.
A empresa de dados financeiros Markit afirmou que seu índice da atividade dos gestores de compras caiu para {{ecl-204||54,2} em março a partir de 54,5 em fevereiro, já apresentado com revisão para baixo. Economistas previam uma leitura de 55,1.
Tanto o crescimento da produção quanto o de novos pedidos desaceleraram no último mês, indicando que a demanda pelo consumo pode estar se abrandando.
"Altos custos e crescimento fraco da renda estão minando a força dos consumidores, com taxas de expansão na produção e nos novos pedidos para estes produtos (de consumo) desacelerando ainda mais", afirmou Rob Dobson, economista sênior da Markit.
"Os dados sugerem que o setor de produção de bens fez uma sólida contribuição ao PIB durante trimestre de abertura de 2017. Entretanto, está claro que a expansão será menor do que o dinâmico crescimento de 1,3% visto no último trimestre do último ano", acrescentou.
A libra também estava mais baixa frente ao euro, com o par EUR/GBP subindo 0,52% para 0,8532 a partir de 0,8512 antes do relatório.
O dólar permaneceu na retaguarda, já que investidores continuam a avaliar a perspectiva de aumento da taxa de juros antes de comentário mais calmos feitos por membros do Federal Reserve no fim da semana passada.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, estava pouco alterado em 100,37..
O índice caiu para 98,92 na semana passada, nível mais fraco desde 10 de novembro, após o presidente Donald Trump não conseguir aprovar seu projeto de lei de reformulação do sistema de saúde.
O índice dólar encerrou o primeiro trimestre caindo quase 3% em meio a crescentes dúvidas se as propostas econômicas da administração Trumpo impulsionariam a economia norte-americana e permitiriam que o Fed endurecesse a política monetária mais agressivamente.
Taxas de juros mais altas normalmente dão sustentação ao dólar tornando os ativos norte-americanos mais atrativos a investidores que buscam bons rendimentos.
Na última sexta-feira, William Dudley, presidente do Fed de Nova York, afirmou que o banco central não tem pressa para endurecer a política monetária este ano.
Separadamente, James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, e Neel Kashkari, presidente do Fed de Mineápolis, também disseram na sexta-feira que esperam que as taxas de juros aumentem até o fim do ano, mas ambos permaneceram cautelosos quanto à perspectiva econômica.
Dados na sexta-feira mostrando que os gastos dos consumidores nos EUA subiram apenas 0,1% no último mês reforçaram a visão de que o Fed manterá um ritmo gradual de elevação da taxa de juros.