Investing.com - O dólar norte-americano encerrou a sessão de sexta-feira em leve baixa em relação ao iene, uma vez que uma leitura mais fraca que o previsto sobre o sentimento do consumidor nos EUA compensou um relatório que mostrou que a construção de imóveis residenciais no país subiu fortemente em abril.
USD/JPY ficou em 101,52, caindo 0,05% no dia, não muito longe da baixa de dois meses de 101,30 atingida na última sessão. Na semana, o par caiu 0,66%.
O Departamento do Comércio dos EUA informou na sexta-feira que as construções de imóveis residenciais nos EUA cresceram 13,2% no mês passado, após um aumento de 2,0% em março. Foi a maior alta em cinco meses, o que indica que a economia está livrando-se do efeito de um clima de desaceleração durante o inverno.
Os dados otimistas sobre a habitação foram ofuscados por um relatório que mostrou que a confiança do consumidor nos EUA caiu este mês. O índice de sentimento do consumidor produzido pela Universidade de Michigan caiu para 81,8, de 84,1 no mês anterior. Os analistas esperavam uma leve alta para 84,5.
O euro caiu em relação ao dólar norte-americano, com EUR/USD ficando em 1,3693, mantendo-se acima da baixa de dois meses e meio de 1,3647 atingida na quinta-feira. Na semana, o par caiu 0,45%.
A moeda única permaneceu sob pressão após dados mais fracos que o esperado de quinta-feira sobre o crescimento no primeiro trimestre na zona do euro terem somado-se à pressão ao Banco Central Europeu (BCE) para que a instituição flexibilize a política monetária em sua próxima reunião, em junho, a fim de proteger a recuperação na região.
O produto interno bruto (PIB) da zona do euro cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre, em comparação com expectativas de um crescimento de 0,4% e expandiu apenas 0,9%, menor que o projetado, em relação ao ano passado.
EUR/JPY encerrou a sessão de sexta-feira em 139,03, caindo 0,17% no dia, após cair para baixas de 138,78 no início da sessão, o nível mais fraco desde 12 de fevereiro.
Em outros lugares, a libra esterina subiu em relação ao dólar norte-americano na sexta-feira, com GBP/USD subindo 0,14%, para 1,6812 no fechamento. Na semana, o par perdeu 0,35%.
A libra esterlina enfraqueceu na quarta-feira após o Banco da Inglaterra ter indicado que não tem pressa em aumentar a taxa de juros, informando que a recuperação econômica ainda está em um estágio inicial.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando a ata da reunião de política monetária mais recente do Banco Central dos EUA (Fed), programada para quarta-feira, em busca de informações sobre a visão que o banco tem da economia.
A zona do euro deve divulgar os atentamente observados dados sobre a atividade no setor privado, ao passo que o Reino Unido deve divulgar dados sobre os preços ao consumidor.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 19 de maio
A Nova Zelândia deve publicar dados sobre o índice de preços ao produtor. O Japão deve divulgar um relatório sobre os pedidos brutos de maquinário.
O presidente do Banco Central da Alemanha, Jens Weidmann, deve se pronunciar em um evento em Frankfurt. Seus comentários serão atentamente observados. No final do dia, o banco central alemão deve publicar seu relatório mensal.
Os mercados no Canadá devem permanecer fechados em virtude de um feriado nacional.
Terça-feira, 20 de maio
O Banco da Reserva da Austrália deve publicar a ata da sua reunião de política monetária mais recente, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco.
Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar dados sobre o índice de preços ao produtor.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre o índice de preços ao consumidor, que representa a maior parcela da inflação geral do país.
O Canadá deve publicar dados sobre as vendas no atacado.
Nos EUA, o presidente do Fed da Filadélfia, Charles Plosser, e do Fed de Nova York, William Dudley, devem se pronunciar.
Quarta-feira, 21 de maio
O Banco da Japão deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de política monetária, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. Deve haver uma coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.
O Japão também deve publicar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
A Austrália deve publicar dados sobre o índice de alteração salarial (WTI) e um relatório do setor privado sobre o sentimento ao consumidor.
A zona do euro deve divulgar dados sobre as transações correntes.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, um indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parcela da atividade econômica geral do país. Enquanto isso, o Banco da Inglaterra deve publicar a ata de sua reunião de maio.
A presidente do Fed, Janet Yellen, deve se pronunciar em um evento em Nova York.
Enquanto isso, o Banco da Inglaterra deve publicar a ata de sua reunião de maio.
Quinta-feira, 22 de maio
A China deve publicar a leitura preliminar do índice de manufatura HSBC.
A Nova Zelândia e a Austrália devem produzir dados sobre as expectativas de inflação.
A zona do euro deve divulgar dados sobre a atividade nos setores manufatureiros e de serviços, ao passo que França e Alemanha devem produzir relatórios individuais.
O Reino Unido deve publicar dados revistos sobre o crescimento econômico no primeiro trimestre, assim como relatórios sobre investimento empresarial e empréstimo ao setor público. O Reino Unido também deve produzir dados do setor privado sobre as expectativas de pedidos industriais.
O Canadá deve divulgar dados sobre as vendas no varejo.
Os EUA devem divulgar um relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego e dados do setor privado sobre as vendas de imóveis residenciais usados.
Sexta-feira, 23 de maio
Na zona euro, o Instituto Ifo deve publicar dados sobre o clima no ambiente de negócios alemão.
O Canadá deve publicar dados sobre o índice de preços ao consumidor.
Os EUA devem resumir a semana com dados sobre as vendas de imóveis residenciais novos.