Investing.com - O dólar ficou mais forte contra o euro e o iene na sexta-feira, após um sólido relatório sobre empregos nos EUA ter reforçado as expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros neste mês.
O Departamento de Trabalho informou que a economia dos EUA adicionou 211.000 empregos no mês passado, após um aumento revisado para cima de 298.000 em outubro.
A taxa de desemprego permaneceu em 5% em novembro. Os economistas tinham previsto crescimento 200.000 nas vagas de emprego e nenhuma mudança na taxa de desemprego.
O relatório reforçou as expectativas de que o Fed vai aumentar as taxas de juros pela primeira vez desde 2006, na sua próxima reunião em 15-16 de dezembro. Maiores taxas de juros nos EUA tornariam o dólar mais atraente para os investidores em busca de rendimento.
O dólar norte-americano subiu em relação ao euro, com EUR/USD recuando 0,56%, para 1,0880 no final do pregão. O par ainda encerrou a semana em alta de 2,81%.
A queda da moeda única também foi pressionada após o presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi ter dito na sexta-feira que o BCE gostaria de reforçar as medidas de estímulo, se necessário, para trazer a inflação de volta à meta.
As declarações foram feitas um dia após o euro ter registrado seu maior ganho de um dia contra o dólar em mais de seis anos, saltando de 3% após as últimas medidas de flexibilização anunciadas pelo BCE terem ficado aquém das expectativas do mercado.
O BCE reduziu a taxa de depósito para -0,3% e estendeu a duração do seu programa de compra de títulos, não atingindo as expectativas para um movimento mais significativo.
O dólar norte-americano subiu em relação ao iene, com USD/JPY avançando 0,44%, para 123,1 na tarde de sexta-feira.
O dólar norte-americano subiu em relação à libra esterlina e ao franco suíço, com GBP/USD recuando 0,21%, para 1,5112 e USD/CHF avançando 0,33%, para 0,9966.
O índice do dólar, que mede a força do dólar frente a uma cesta das seis principais moedas mundiais, avançou 0,46%, para 98,27, ficando abaixo das altas de sete meses e meio de 100,6 na quinta-feira. O índice encerrou a semana em queda de 1,73%.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando os dados norte-americanos sobre as vendas no varejo e inflação em busca de mais indicações sobre a força da economia.
As reuniões dos bancos centrais do Reino Unido, Suíça e Nova Zelândia também estarão em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 7 de dezembro
O Banco Nacional Suíço (SNB) deve publicar dados sobre as reservas em moeda estrangeira. Esses dados serão atentamente analisados em busca de indicações do tamanho das operações do banco no mercado de câmbio.
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, deve se pronunciar perante a Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Terça-feira, 8 de dezembro
O Japão deve divulgar dados revisados sobre o crescimento econômico do terceiro trimestre, bem como dados sobre a conta corrente.
A Austrália deve pubilcar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.
O Reino Unido deve produzir dados sobre a produção industrial.
O Canadá deve divulgar dados sobre os alvarás de construção. No final do dia, o presidente do Banco do Canadá (BoC), Stephen Poloz deve se pronunciar em um evento em Toronto.
Quarta-feira, 9 de dezembro
A Austrália deve divulgar dados sobre o sentimento do consumidor.
O Japão deve publicar dados sobre os pedidos brutos de maquinário.
A China deve produzir dados sobre a inflação de preços ao consumidor e ao produtor.
O Banco da Reserva da Nova Zelândia deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
Quinta-feira, 10 de dezembro
A Austrália deve publicar o relatório mensal do emprego.
O Banco Central da Austrália (SNB) deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua avaliação de política monetária, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária do banco. Deve haver uma coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre a balança comercial.
Mais tarde, o Banco da Inglaterra deve anunciar sua taxa de juros de referência e publicar a ata de sua reunião de política monetária.
Os EUA devem divulgar o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego.
Sexta-feira, 11 de dezembro
Os EUA devem resumir a semana com relatórios sobre as vendas no varejo, inflação de preços ao produtor e os dados preliminares sobre o sentimento do consumidor.