O dólar estendeu a queda ante rivais na sessão desta quinta-feira. Os investidores ajustam suas posições à espera do relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, do mês de agosto, a ser divulgado na sexta-feira. No radar dos investidores, também estiveram dados macroeconômicos dos Estados Unidos e da zona do euro.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas principais, fechou em queda de 0,24%, aos 92,225 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 109,94 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1876 e a libra tinha alta para US$ 1,3831.
O BBH observa que, apesar de o dólar ter enfraquecido nesta seção, as negociações foram modestas, uma vez que os mercados se preparam para o payroll. Ainda assim, o índice DXY caiu em nove das últimas dez sessões, com recuo acumulado de 1,3% em relação às altas de agosto, pontuam os analistas.
"Atrasos em alcançar um progresso substancial na recuperação do mercado de trabalho americano manterão o Federal Reserve (Fed) estimulando a economia, o que deve fazer maravilhas para os principais parceiros comerciais do dólar", diz Edward Moya, analista da Oanda. Com os rendimentos de Treasuries estáveis, o mercado de câmbio deve esperar movimentações na sessão de amanhã, prevê o economista.
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu a 340 mil na última semana, informou hoje o Departamento do Trabalho americano. O resultado foi melhor do que o esperado por analistas.
Ainda na divulgação de indicadores, a inflação ao produtor na zona do euro saltou 12,1% em julho, na comparação anual, comunicou a Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia. "O euro se recuperou dos últimos nove meses de baixa em relação ao dólar, graças aos dados que mostram a maior inflação no bloco do euro em dez anos", afirma Joe Manimbo, analista da Western Union. "Os dirigentes do Banco Central Europeu estão finalmente concretizando seu desejo de preços mais altos."
De acordo com Manimbo, o euro esteve perto do picos de quatro semanas em relação ao dólar e de seis semanas ante a libra. No fim da tarde, porém, o euro recuava a 0,8587 libra.
Em relação ao dólar australiano, o BBH observa que a moeda subiu 1% ante o americano, estando próximo de superar seu pico no mês de agosto. As exportações da Austrália subiram 5% em julho em comparação ao mês anterior, enquanto as importações cresceram 3%. Ambos os resultados superaram as expectativas de analistas, observa o banco.