O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou nesta segunda-feira, 16. Após ganhos recentes da divisa dos EUA, houve ajuste, com investidores atentos a indicadores e a sinais da política monetária.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 129,07 ienes, o euro subia a US$ 1,0434 e a libra tinha alta a US$ 1,2316. O DXY registrou baixa de 0,36%, a 104,187 pontos.
O DXY apresentava baixa modesta no início do dia, mas ampliou o movimento ao longo da sessão. Na agenda de indicadores, o índice Empire State de atividade industrial recuou de 24,6 em abril a -11,6 em maio, ante previsão de 16,5 dos analistas consultados pelo Wall Street Journal.
Entre os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), John Williams, presidente da distrital de Nova York, afirmou que a inflação é o principal problema neste momento e disse defender alta de 50 pontos-base nos juros na próxima reunião do Fed, em junho. Dirigentes do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também destacaram a inflação como temor, no quadro atual, e reafirmaram o compromisso de agir para controlá-la.
Em relatório a clientes, o Barclays (LON:BARC) diz que o dólar tem se fortalecido mais do que o banco britânico previa. O Barclays informa que reviu projeções no câmbio, aguardando agora que o dólar seguirá mais forte por mais tempo. Para o DXY, o banco projeta 106 pontos no fim do segundo trimestre, com queda a 105 no fim do terceiro e a 102 no fim deste ano.
Na zona do euro, a moeda local se fortaleceu mesmo após a União Europeia rever em baixa projeção para o crescimento da região da moeda comum neste ano, de 4,0% a 2,7%, e de 2023, de 2,7% a 2,3%, projetando ainda inflação mais alta com a guerra na Ucrânia.