O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa nesta quinta-feira, com ajuste após ganhos recentes. Investidores monitoraram indicadores dos Estados Unidos e também da Europa, bem como declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 129,87 ienes, o euro subia a US$ 1,0748 e a libra tinha alta a US$ 1,2571. O DXY recuou 0,66%, a 101,824 pontos.
Na zona do euro, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 37,2% em abril, na comparação anual, mas abaixo da previsão de alta de 38,6% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.
Já nos EUA, o setor privado criou 128 mil vagas em maio, abaixo da previsão de 299 mil postos dos analistas, segundo o ADP. Os pedidos de auxílio-desemprego recuaram 11 mil na semana encerrada no dia 28 de maio, a 200 mil, ante expectativa de 210 mil dos economistas. As encomendas à indústria americana cresceram 0,3% em abril ante março, após ajustes sazonais, menos que a alta de 0,6% esperada.
O dólar já recuava no início do dia e manteve o movimento em meio aos dados. Entre dirigentes do Fed, a vice-presidente, Lael Brainard, considerou improvável uma eventual pausa no aperto, no quadro inflacionário atual. Já Loretta Mester, do Fed de Cleveland, comentou que, caso a inflação não modere em setembro, pode ser necessário um aperto mais rápido na política monetária.
A Western Union afirma que o dólar perdia fôlego após ganhos recentes, mas nota que a divisa dos EUA segue apoiada, no quadro de certa cautela entre investidores, com a inflação e a perspectiva de aperto monetário. Ela diz ainda que, se o payroll (dado de emprego) mostrar mercado de trabalho robusto nesta sexta-feira, o dólar pode ganhar mais força, com reforço na expectativa de aperto pelo Fed.