O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta terça-feira, 14. A divisa americana foi beneficiada pela desvalorização da libra e pela perspectiva de aperto monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed), na reunião de amanhã.
O DXY fechou em alta de 0,42%, aos 105,518 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,0409 e a libra recuava a US$ 1,1985. Já o dólar tinha alta a 135,23 {{|ienes}}.
Após a publicação do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, o dólar passou a cair ante rivais. O resultado do PPI de maio veio em linha com o previsto por analistas. No entanto, o movimento não se sustentou: mais tarde, o DXY foi apoiado pelo enfraquecimento da libra, que renovou mínimas no confronto com a divisa americana desde março de 2020. No Reino Unido, há preocupações com uma possível recessão no segundo trimestre e o aperto monetário mais conservador do Banco da Inglaterra (BoE) em comparação com o BC americano. Segundo o Western Union, pesou também o "inesperado" aumento da taxa de desemprego no país a 3,8% em abril.
O Wells Fargo (NYSE:WFC) se juntou ao grupo de instituições que agora projetam aumento de 75 pontos-base na reunião desta semana, que termina amanhã com a divulgação da decisão monetária. A revisão ocorreu por conta da leitura de inflação ao consumidor acima do esperado na última sexta-feira e reportagens de ontem na imprensa americana relatando que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) pode fazer um aumento mais agressivo do que o de meio ponto porcentual sinalizado antes. Além do Wells Fargo, Barclays (LON:BARC), Jefferies, JPMorgan (NYSE:JPM) e Nordea também esperam que o Fed eleve o juro básico em 75 pontos-base amanhã.
De acordo com a Western Union, o dólar continua a desfrutar de "ventos duplos" decorrentes de uma fuga da turbulência do mercado global para a segurança e da perspectiva cada vez mais agressiva do Fed para a política monetária.