Trump consegue tarifas; os norte-americanos recebem aumentos de preços
O índice DXY do dólar voltou a recuar nesta sexta-feira, 10, apagando os ganhos que acumulou no restante desta semana. A fraqueza da divisa americana em relação a moedas rivais se deu diante da alta anual de 6,8% do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em novembro, maior taxa desde julho de 1982.
O DXY fechou em queda de 0,18% hoje e de 0,02% na semana, aos 96,097 pontos. No fim da tarde, o euro avançava a US$ 1,1319 e a libra, a US$ 1,3267. Já o dólar operava praticamente estável a 113,44 ienes.
De acordo com o TD Securities, a depreciação da moeda americana hoje ocorreu pois o CPI, apesar de alto, veio em linha com as expectativas. Sem uma surpresa positiva nos dados de inflação, o dólar acabou por inverter seu impulso recente de alta, que já estava limitado em meio aos recentes ganhos da divisa.
Operadores do mercado cambial agora aguardam por decisões de política monetária de alguns dos principais bancos centrais do mundo na semana que vem, incluindo do Federal Reserve (Fed). Com a forte alta do CPI, o BC americano deve acelerar o ritmo do tapering e atualizar suas projeções e apontar para duas altas de juros em 2022, segundo o ING.
De acordo com a Capital Economics, com a agenda de indicadores mais fraca na semana que vem, é provável que o ritmo de aperto monetário mais agressivo do Fed em comparação com os outros BCs que decidem suas políticas na próxima semana - como o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) - deixará o dólar forte no confronto com moedas rivais.
Entre moedas de mercados emergentes, o dólar caía a 6,3709 yuans no período citado anteriormente, apesar de esforços da China para conter a apreciação da divisa local. Hoje, o BC chinês orientou uma nova depreciação do yuan em relação ao dólar ao fixar a moeda americana em 6,3702 yuans, de 6,3498 yuans na véspera.
Já a lira turca recuou ante o dólar, mas em movimento que foi limitado por ação do Banco Central da Turquia sobre o mercado cambial, após o anúncio de compra de dólares para fazer frente a "formações de preços prejudiciais". No mesmo horário, o dólar subia a 13,8873 liras.