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Schnabel defende balanço patrimonial menor no BCE enquanto debate esquenta

Publicado 05.12.2023, 08:04
Atualizado 05.12.2023, 08:05
© Reuters. Isabel Schnabel, membro do conselho do BCE
22/11/2019. REUTERS/Ralph Orlowski/File Photo

Por Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu deveria manter um balanço patrimonial mais enxuto e fazer com que os bancos tomem empréstimos quando precisarem de dinheiro, disse à Reuters Isabel Schnabel, membro do conselho do BCE, no momento em que aumenta o debate sobre como os bancos centrais devem operar em um mundo de inflação aquecida.

Com a era da inflação baixa e das taxas de juros zero aparentemente encerrada, o BCE precisa decidir como quer fornecer liquidez aos bancos da zona do euro nos próximos anos - emprestando a eles ou comprando títulos deles.

Schnabel defendeu aquilo que ela delineou pela primeira vez em março de um sistema no qual os bancos escolhem quanto querem tomar emprestado do BCE. Enquanto isso, seu colega no conselho Philip Lane argumentou que o BCE deveria fornecer aos credores pelo menos parte desse dinheiro por meio de compras de títulos ou empréstimos de prazo mais longo.

Ela disse que sua abordagem "orientada pela demanda" se encaixa na zona do euro, cujos 20 países variam em termos de força econômica e têm sistemas bancários separados.

"Um sistema orientado pela demanda é bem adequado para uma união monetária heterogênea que pode estar propensa à fragmentação", disse Schnabel, referindo-se ao seu discurso de março. "Esse sistema provavelmente também limita o tamanho do balanço patrimonial do banco central."

Ela admitiu, no entanto, que "pode fazer sentido ter uma combinação de diferentes ferramentas", sugerindo que as autoridades podem estar buscando um meio-termo nesse debate complexo, porém crucial para o sistema financeiro da zona do euro.

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Schnabel argumentou que, nesse caso, os empréstimos de prazo mais longo são melhores do que as compras de ativos porque atingem mais profundamente o setor bancário, enquanto o dinheiro proveniente das compras de títulos tende a se concentrar em um número limitado de entidades maiores.

É provável que as autoridades de política monetária dos países do norte da zona do euro, mais ricos, apoiem a visão de Schnabel, enquanto os do sul do bloco, que dependem mais das compras de títulos do BCE, provavelmente estarão no time de Lane.

Por enquanto, entretanto, o BCE estará enxugando o dinheiro que injetou no sistema bancário durante a última década ao tentar estimular a inflação e a atividade.

Um documento de discussão publicado por funcionários de alto escalão da diretoria de Lane disse que o BCE deveria reduzir seu estoque de títulos em mais da metade, para 1,5 trilhão de euros, até meados de 2026, antes de retomar as compras para sustentar os empréstimos dos bancos à economia.

Os autores descobriram que os bancos concedem mais crédito quando têm essas "reservas não emprestadas" do que quando precisam recorrer ao banco central, e que possuir um número excessivo de títulos seria preferível para o BCE a se livrar de todos eles.

Schnabel expressou sua preferência por deixar que os bancos escolham, dizendo: "isso significaria que o tamanho não será determinado por nós, o que é bom, porque não sabemos exatamente qual é a demanda."

No entanto, ela estimou que o balanço patrimonial do BCE, que atualmente é de 7 trilhões de euros, permaneceria no mínimo "cerca de três vezes maior do que antes da crise financeira global", quando ultrapassou 1 trilhão de euros, como resultado dos chamados fatores autônomos. Esses fatores incluem a demanda por cédulas e depósitos do governo.

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Mas o debate só tem importância "em um futuro distante", disse Schnabel, porque o BCE teria de reduzir seu balanço patrimonial em todas as circunstâncias e ele acabaria "muito menor" do que o tamanho atual.

As autoridades de política monetária estão discutindo os méritos de dois sistemas: um em que o BCE fornece amplas reservas para manter um "piso" abaixo da taxa do mercado monetário, como o Federal Reserve dos EUA, e outro em que ele empresta aos bancos a uma taxa "teto", como o Banco da Inglaterra.

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