Banco do Brasil (BBAS3): ‘É muito cedo para investir”, diz JPMorgan

Publicado 18.06.2025, 14:31
© Reuters

Investing.com – Apesar da queda de 26% no preço das ações desde o lançamento do balanço do primeiro trimestre de 2025 e negociadas a 0,7x o preço pelo valor patrimonial (P/VPA), o JPMorgan (NYSE:JPM) está incerto se é hora de investir nos papéis do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3). Em relatório divulgado a clientes nesta quarta-feira (18), o analista Yuri R. Fernandes não recomenda o investimento sob o argumento de “comprar na baixa”, devido à demora do mercado digerir os problemas no balanço do banco.

Mesmo sob a perspectiva de alta com a queda da taxa de juros e a volatilidade em virtude da eleição presidencial do ano que vem, o JPMorgan prefere ficar de fora e esperar mais pelo balanço do 2º trimestre de 2025 do banco estatal, permanecendo com a recomendação “Neutra” para as suas ações. O Banco do Brasil deve reportar os resultados de abril a junho no dia 13 de agosto.

“Discussões sobre a sustentabilidade do balanço do Banco do Brasil não são novas, mas o 1º trimestre de 2025 adicionou novas camadas de incertezas”, avalia Fernandes do JPMorgan, que estima um Retorno Sobre Patrimônio (ROE) de 13% nos três primeiros meses do ano se ajustá-lo com a taxa de desconta da Previ, impostos, eventos não-recorrentes e a normalização de custo de risco do agronegócio, além de outros fatores, ficando abaixo da média de 17% dos últimos 10 anos e de aproximadamente 22% nos anos recentes.

O JPMorgan apresenta preocupação com a crescente inadimplência e renegociações de dívidas na carteira rural, elevando as provisões. “Observamos que os empréstimos rurais prorrogados do BBAS estão aumentando, alcançando R$51 bilhões no 1T25 ou cerca de 12% do total da carteira rural”, aponta o banco americano.

E a estimativa do NPL (non-performance loan) do Banco do Brasil é de deterioração em abril, segundo o JPMorgan, com acréscimo de 30 pontos-base sobre o mês anterior. O crescimento de novos NPLs é projetado em 40 pontos-base sobre março.

Além disso, o banco americano estima que o lucro do Banco do Brasil tenha rodado por volta de R$ 2 bilhões por mês, a partir de dados do Banco Central. “O cálculo de payout parece insustentável com o crescimento atual dos empréstimos e as dificuldades de capital - acreditamos que um pagamento de 20-30% é mais razoável para sustentar o CET [Custo Efetivo Total] em torno de ~11%”, projeta o JPMorgan.

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